Mundo

Primárias na Argentina são marcadas por filas e problemas nas urnas em Buenos Aires

Considerada um termômetro para a disputa presidencial, a votação tem sido marcada por atrasos e problemas nas urnas da capital

Casa Rosada, na Argentina: país terá o fato inusitado de o atual presidente não concorrer à reeleição (John W. Banagan/Getty Images)

Casa Rosada, na Argentina: país terá o fato inusitado de o atual presidente não concorrer à reeleição (John W. Banagan/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 13 de agosto de 2023 às 16h46.

Até o meio da tarde, 48% dos argentinos foram às urnas nas Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, as PASO. Considerada um termômetro para a disputa presidencial, a votação tem sido marcada por atrasos e problemas nas urnas em Buenos Aires, relata a imprensa da Argentina.

A cidade adotou um sistema híbrido com voto eletrônico em nível local. A juíza María Servini, responsável pelo controle das eleições, reportou mau funcionamento em 240 urnas e criticou o que chamou de "imperícia" inédita. Os problemas, no entanto, não interferem na votação para os presidenciáveis, que segue a tradição do voto de papel.

A administração de Buenos Aires minimizou o problema e disse o mau funcionamento atingiu menos de 1% das urnas. "Apenas 87 urnas habilitadas para votação (menos de 1% do total) registraram problemas no início do dia, que já foram corrigidos" afirma.

Problemas relatados por pré-candidatos

A pré-candidata Patricia Bullrich - um dos nomes mais fortes da coalizão de direita Juntos por el Cambio, discorda. "A votação na cidade de Buenos Aires foi um desastre", disse ela a repórteres ao relatar que precisou tentar sete vezes e levou 12 minutos para registrar o voto.

Bullrich enfrenta o prefeito de Buenos Aires Horacio Rodríguez Larreta dentro da coalizão que aparece nas pesquisas com vantagem sobre a esquerda peronista que governa o país. A coalizão Unión por la Pátria, está em segundo lugar enfraquecida pela crise econômica e pela inflação que chegou a 115%. Nesse campo, o grande favorito é o atual ministro da Economia, Sérgio Massa.

Pela extrema direita, o economista Javier Milei ganhou espaço em um cenário de inconformismo com o sistema político e agitou a campanha como uma terceira força na disputa. Mais recentemente, no entanto, as pesquisas mostram que Milei tem perdido força e aparece com cerca de 20% das intenções de voto.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaEleições

Mais de Mundo

Ucrânia fecha acordo com EUA sobre recursos minerais, diz imprensa americana

Novo boletim médico do Papa Francisco afirma que condição 'permanece crítica, mas estável'

Administração Trump autoriza que agências ignorem ordem de Musk sobre e-mails de prestação de contas

Chanceler de Lula pede protagonismo global dos países em desenvolvimento no Brics