Mundo

Primeiro julgado por lei de segurança nacional em Hong Kong é preso

Tong Ying-kit, de 24 anos, foi declarado culpado na última terça-feira (27) por incitar a secessão e cometer atividades terroristas e vai pegar 9 anos de prisão

Hong Kong: Protesto contra lei de extradição para a China termina em confronto entre manifestantes e policiais (Thomas Peter/Reuters)

Hong Kong: Protesto contra lei de extradição para a China termina em confronto entre manifestantes e policiais (Thomas Peter/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de julho de 2021 às 10h45.

A primeira pessoa condenada de acordo com a lei de segurança nacional imposta pela China em Hong Kong foi sentenciada a nove anos de prisão nesta sexta-feira, 30, em um caso observado de perto como um termômetro de quão estritamente os juízes do território semiautônomo farão cumprir a legislação.

Tong Ying-kit, de 24 anos, foi declarado culpado na última terça-feira (27) por incitar a secessão e cometer atividades terroristas. Durante os protestos de rua em 1º de julho do ano passado - o aniversário da transferência da cidade do domínio britânico para o chinês e um dia após a lei entrar em vigor -, ele dirigiu uma motocicleta que colidiu com policiais.

O manifestante carregava uma bandeira com o lema de protesto popular "Liberte Hong Kong, Revolução do Nosso Tempo", que o governo local declarou mais tarde conter proibidas conotações pró-independência.

Pequim impôs a lei para conter a dissidência depois que distúrbios antigovernamentais se espalharam pela cidade por meses em 2019. A maioria dos principais políticos e ativistas pró-democracia da cidade já foram presos ou exilados.

A repressão atraiu críticas de dentro e fora de Hong Kong, mas as autoridades se irritaram com o que chamaram de hipocrisia ocidental, dizendo que a lei trouxe estabilidade e que todo país tem o direito de proteger sua soberania.

Acompanhe tudo sobre:ProtestosChinaDemocraciaHong Kong

Mais de Mundo

Trem mais rápido do mundo deve iniciar operações na China em 2026

‘Hamas sentiu o nosso poder, atacamos Gaza com 153 toneladas de bombas’, afirma Netanyahu

Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Cidadania espanhola 'facilitada' acaba nesta quarta-feira; saiba o que muda na Lei dos Netos