Mundo

Primeiro-ministro é nomeado após tragédia com balsa

A presidente sul-coreana nomeou novo primeiro-ministro, após o anterior renunciar devido naufrágio de uma balsa


	Familiar de vítima do naufrágio do Sewol: tragédia deixou mais de 300 mortos e desaparecidos
 (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

Familiar de vítima do naufrágio do Sewol: tragédia deixou mais de 300 mortos e desaparecidos (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 10h12.

Seul - A presidente sul-coreana nomeou nesta quinta-feira como primeiro-ministro um ex-juiz da Suprema Corte, substituindo Chung Hong-Won, que renunciou após o naufrágio de uma balsa que deixou mais de 300 mortos e desaparecidos.

A presidente Park Geun-hye anunciou a nomeação do ex-magistrado Ahn Dai-hee, de 59 anos, e aceitou a renúncia do chefe da segurança nacional, Kim Jang-soo, e do responsável máximo da agência de inteligência, Nam Jae-joon, muito criticados pela má gestão da tragédia, segundo seu porta-voz.

O primeiro-ministro, um cargo honorífico na Coreia do Sul, anunciou sua renúncia assumindo pessoalmente a responsabilidade pelo naufrágio do "Sewol" no dia 16 de abril com 426 pessoas a bordo, entre elas 325 alunos de uma escola de ensino médio.

A popularidade da presidente afundou desde o acidente e seu partido, o Saenuri, teme que isso se reflita nas eleições locais de 4 de junho.

A chefe de Estado foi criticada por sua aparente falta de empatia com as famílias e de remorso sobre os muitos problemas revelados por uma investigação preliminar.

Esta investigação afirma que a carga transportada pela balsa era pelo menos o dobro do recomendado. Além disso, o barco havia perdido resistência às ondas devido à construção ilegal de cabines após sua compra, em 2012.

Muitos na Coreia do Sul acreditam que alguns adolescentes conseguiram sobreviver por várias horas, e inclusive por alguns dias, em bolsões de ar dentro da balsa, mas morreram porque não foram encontrados a tempo.

Os mergulhadores levaram vários dias para entrar nos destroços da embarcação, freados pelo mau tempo e pelas fortes correntes.

O último balanço provisório da catástrofe é de 288 mortos e 16 desaparecidos. A maioria dos tripulantes sobreviveu. O capitão do "Sewol", dois de seus principais colaboradores e um mecânico deverão responder na justiça por acusações de homicídio culposo.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-no-marÁsiaCoreia do SulMortesNaufrágios

Mais de Mundo

10 frases que marcaram os primeiros 100 dias do Governo Trump

Apagão na Espanha pode ter relação com ao menos cinco mortes no país

Confusão com Zelensky e 'cala a boca' de filho de Musk: relembre cenas do início do governo Trump