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Principal suspeito do caso Madeleine McCann deixa prisão na Alemanha

Brückner cumpriu sete anos por estupro em Portugal e deve usar tornozeleira eletrônica, além de entregar o passaporte

Agência o Globo
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Publicado em 17 de setembro de 2025 às 10h21.

O principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann foi libertado nesta quarta-feira, depois que as autoridades alemãs admitiram que "não têm mais justificativa legal para mantê-lo preso" pelo estupro de uma idosa. Christian Brückner, de 48 anos, deixou a prisão em Sehnde, no norte da Alemanha , após cumprir uma pena de sete anos pelo estupro de uma americana, então com 72 anos, em Portugal, em 2005.

O estupro ocorreu na Praia da Luz, um resort de férias na costa sul de Portugal, onde Madeleine, que tinha 3 anos, desapareceu 18 meses depois. Apesar de ser o principal suspeito, Brückner, um cidadão alemão, ainda não foi acusado no caso McCann devido à falta de evidências, segundo os promotores. A polícia britânica, portanto, ainda o considera suspeito na investigação.

De acordo com a rede americana CNN, seu advogado, Friedrich Fülscher, disse que as acusações teriam sido feitas contra seu cliente há muito tempo "se houvesse provas suficientes".

Segundo o jornal britânico Guardian, Brückner terá que usar uma tornozeleira eletrônica, além de ter que entregar seu passaporte e declarar um local de residência permanente, do qual não poderá sair sem permissão.

Madeleine McCann desapareceu em 3 de maio de 2007 enquanto estava de férias com a família na Praia da Luz. Apesar de uma enorme operação internacional de busca e de várias pistas investigadas, nenhum rastro da menina foi encontrado e ninguém foi acusado pelo desaparecimento até hoje. A polícia alemã chegou a declarar que Madeleine provavelmente está morta.

Em um anúncio surpreendente em 2020, os promotores alemães citaram Brückner como seu principal suspeito, depois que confirmaram que ele havia morado de maneira intermitente na região naquela época.

Fundamentalmente perigoso

A falta de evidências contundentes, no entanto, impediu que as autoridades alemãs indiciassem Brückner, que nega as acusações, pelo desaparecimento da menina.

O promotor-chefe do caso, Christian Wolters, disse à AFP que acredita que Brückner continua sendo "fundamentalmente perigoso". Um especialista psiquiátrico que o avaliou recentemente concluiu que "outros crimes sexuais são esperados".

Em outubro do ano passado, ainda de acordo com o Guardian, Brückner foi inocentado por um tribunal na cidade de Braunschweig, no norte da Alemanha, de vários crimes sexuais, supostamente ocorridos entre 2000 e 2017.

Já em junho deste ano, a polícia fez uma operação de busca em uma área coberta por vegetação e imóveis abandonados em Portugal, perto de onde Brückner vivia na época do desaparecimento de McCann, mas, até o momento, não fez nenhum anúncio sobre possíveis evidências.

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