Mundo

PSDB pede que MP que investigue Fernando Pimentel

Reportagens publicadas na imprensa nos últimos dias afirmam que Pimentel ganhou R$ 2 milhões em 2009 e 2010 como consultor

Segundo Pimentel, um dos grandes desafios do Brasil é trazer sua indústria e sua economia para o século XXI (Alexandre Battibugli/EXAME)

Segundo Pimentel, um dos grandes desafios do Brasil é trazer sua indústria e sua economia para o século XXI (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 19h57.

Brasília - O PSDB pediu nesta quarta-feira que o Ministério Público Federal do Distrito Federal abra uma investigação contra o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

O pedido de investigação foi apresentado pelo senador Álvaro Dias e pelo deputado Antonio Duarte Nogueira que se apoiaram em suspeitas sobre a atuação do ministro divulgadas nos últimos dias pelo jornal 'O Globo'.

Reportagens publicadas na imprensa nos últimos dias afirmam que Pimentel ganhou R$ 2 milhões em 2009 e 2010, após deixar o cargo de prefeito de Belo Horizonte e antes de assumir como ministro, com atividades de consultoria

Segundo o documento apresentado pelos parlamentares, Pimentel cometeu o crime de 'enriquecimento ilícito em consequência de tráfico de influência'.

Uma solicitação similar foi levada pelos dois parlamentares à Comissão de Ética da Presidência da República, que na semana passada recomendou à presidente Dilma Rousseff a demissão do ex-ministro de Trabalho, Carlos Lupi, também por suspeitas de corrupção.

Lupi, que renunciou no domingo passado, foi o sexto ministro que Dilma perdeu por suspeitas de corrupção desde que assumiu o cargo no último dia 1º de janeiro.


Anteriormente renunciaram os titulares da Casa Civil, Antonio Palocci; Transportes, Alfredo Nascimento; Agricultura, Wagner Rossi, Turismo, Pedro Novais; e Esporte, Orlando Silva.

Pimentel admitiu que prestou esses serviços em 2010, antes que essas empresas fossem favorecidas com contratos para a execução de diversas obras em Belo Horizonte, mas sustentou que 'não houve nada ilegal' no fato.

Segundo o senador Álvaro Dias, o caso de Pimentel é igual ao que, em maio, provocou a renúncia de Palocci, acusado de ter prestado serviços de consultoria a empresas que trabalhavam com o Governo durante o ano passado.

'A história é a mesma. O ministro Pimentel deixou a Prefeitura de Belo Horizonte, abriu uma empresa de consultoria e prestou serviços a empresas que já trabalhavam com esse município ou que pouco depois acabaram sendo contratadas', declarou Dias.

O senador apontou que as explicações dadas até agora por Pimentel 'não convencem', por isso o caso precisa ser investigado pelas autoridades.

Dias também protestou pela atitude da bancada governista no Congresso, que hoje impôs sua maioria para impedir a convocação de Pimentel para esclarecer as suspeitas. EFE

Acompanhe tudo sobre:Gestão públicaGoverno DilmaPolítica

Mais de Mundo

Ucrânia fecha acordo com EUA sobre recursos minerais, diz imprensa americana

Novo boletim médico do Papa Francisco afirma que condição 'permanece crítica, mas estável'

Administração Trump autoriza que agências ignorem ordem de Musk sobre e-mails de prestação de contas

Chanceler de Lula pede protagonismo global dos países em desenvolvimento no Brics