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Putin elogia Obama e nega ser antiamericano

Desde dezembro e o início das manifestações contra seu regime, o premiê russo acusou Washington de financiar a oposição para desestabilizar seu país

Putin relembrou seu encontro com Obama em 2009, com a visita do presidente americano a Moscou
 (Alexey Druzhinin/AFP)

Putin relembrou seu encontro com Obama em 2009, com a visita do presidente americano a Moscou (Alexey Druzhinin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2012 às 09h19.

Moscou - O favorito nas eleições presidenciais russas, Vladimir Putin, negou qualquer forma de antiamericanismo e elogiou, em uma entrevista divulgada nesta sexta-feira, o presidente Barack Obama, depois de ter acusado Washington de incentivar os protestos na Rússia.

"Estou certo de que o senhor Obama é um homem muito sincero (...) além disso, muitas das coisas que formulou coincidem totalmente com minha representação da situação no mundo", explicou Putin nesta entrevista aos meios de comunicação estrangeiros divulgada pelo governo russo.

Relembrando seu encontro em 2009, com a visita de Obama a Moscou, Putin disse que seu "enfoque filosófico" das relações internacionais era muito próximo.

Rejeitou as acusações de antiamericanismo que fizeram contra ele, depois que, desde dezembro e o início das manifestações contra seu regime, acusou Washington de financiar a oposição para desestabilizar a Rússia e denunciou o domínio americano no cenário internacional.

"Onde está, em nosso discurso, a retórica (antiamericana)? Se ouvimos a retórica de nossos colegas americanos sobre nossa campanha eleitoral, não a consideramos como antirussa. Onde viu antiamericanismo em nossa campanha?", lançou aos jornalistas.

Putin também considerou que a retomada das relações russo-americanas desde 2008 funcionou bem, embora o assunto do escudo antimíssil americano - um tema que abordou em várias ocasiões durante sua campanha, ao prometer uma repsosta "adequada" de Moscou - não tenha sido solucionado.

Na quinta-feira, um documentário transmitido pela rede de televisão NTV, controlada pelo gigante russo Gazprom, acusou os opositores e defensores de direitos humanos de serem financiados pelos Estados Unidos e de obedecerem às ordens da CIA.

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