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Putin ratifica compromisso da Rússia com a Venezuela em 'relação estratégica'

Aceno de Moscou vem em meio à forte pressão dos EUA contra o regime de Nicolás Maduro

Os presidentes Nicolás Maduro e Vladimir Putin, durante encontro na Rússia em 7 de maio de 2025 (Getty Images)

Os presidentes Nicolás Maduro e Vladimir Putin, durante encontro na Rússia em 7 de maio de 2025 (Getty Images)

Publicado em 23 de novembro de 2025 às 10h55.

O presidente russo, Vladimir Putin, ratificou seu compromisso com a Venezuela em sua relação estratégica, segundo uma carta enviada pela embaixada da Rússia em Caracas e compartilhada neste sábado pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil.

"Sem dúvida alguma, nós continuaremos o estreito trabalho conjunto em prol do fortalecimento contínuo das relações de associação estratégica entre Moscou e Caracas", escreveu Putin na carta, enviada ao presidente Nicolás Maduro na véspera de seu aniversário.

O presidente russo disse estar certo de que, sob o mandato de Maduro, a Venezuela "superará com dignidade todas as provas e defenderá seus interesses legítimos nestes tempos turbulentos".

"Gostaria de confirmar nossa solidariedade inalterável com o povo amigo da Venezuela. Desejo boa saúde, bem-estar e sucesso em seu trabalho estatal", expressou Putin a Maduro.

'Mais unidos do que nunca'

No último mês de outubro, o mandatário venezuelano assegurou que seu país e a Rússia estão, "na prática, mais unidos do que nunca", após celebrar a promulgação por parte de Putin da lei de ratificação do Acordo de Associação Estratégica e Cooperação entre ambas as nações, que entrou em vigor em 12 de novembro, segundo o Portal de Informação Legal do Estado russo.

O acordo amplia a interação entre os dois países nas esferas política e econômica, incluindo energia, mineração, transporte e comunicações, assim como em segurança e luta contra o terrorismo e o extremismo.

Em 3 de novembro, Maduro disse que seu governo tem uma "comunicação diária e permanente" com o de Putin sobre "muitos temas em desenvolvimento", entre eles, o militar, após ser consultado sobre os contatos entre Caracas e Moscou em meio às tensões pela mobilização militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe.

Washington sustenta que o contingente busca combater o narcotráfico e assegura que o governo de Maduro, a quem considera presidente ilegítimo da Venezuela, é parte integral do tráfico de drogas na região.

Por sua parte, o chavismo nega essa acusação e denuncia que este deslocamento busca tirar Maduro do poder.

Com EFE.

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