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Quase 60 soldados são julgados por não combater Boko Haram

Soldados acusados de motim e de se recusar a combater islamitas foram levados perante tribunal militar

Soldados nigerianos participam de marcha durante exercício militar (Pius Utomi Ekpei/AFP)

Soldados nigerianos participam de marcha durante exercício militar (Pius Utomi Ekpei/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 14h56.

Abuja - Cinquenta e nove soldados nigerianos acusados ​​de motim e de se recusar a combater islamitas armados do grupo Boko Haram foram levados nesta quarta-feira perante um tribunal militar de Abuja.

Os soldados, membros do 111º Batalhão das forças especiais, declararam inocência perante a corte marcial.

Eles são acusados ​​de "conspiração para um motim contra as autoridades da 7ª divisão", que está na linha de frente contra a insurgência do Boko Haram.

Eles também foram acusados ​​de se recusar a participar em 4 de agosto de uma tentativa de retomada de controle de várias cidades tomadas pelo Boko Haram no estado de Borno (nordeste).

Em 2 de outubro, 97 soldados engajados em operações contra o grupo islâmico armado já haviam sido levados a um tribunal militar em Abuja por motim.

E em setembro, 12 soldados nigerianos foram condenados à morte por motim após disparos contra seu oficial em Maiduguri (nordeste), reduto histórico do Boko Haram.

O exército nigeriano está sob pressão e tenta recuperar áreas controladas pelo Boko Haram, principalmente no nordeste do país.

Testemunhas relataram a recusa de soldados nigerianos de lutar e a fuga de vários outros frente ao Boko Haram, que proclamou um "califado islâmico" nas áreas que controla.

Muitos soldados reclamam a falta de equipamentos. O exército nigeriano rejeita a acusação e afirma que está em processo de reverter a situação ante o Boko Haram.

A rebelião do Boko Haram, que eclodiu em 2009, e sua repressão brutal por parte das forças da ordem nigerianas fizeram mais de 10 mil mortos e 700 mil deslocados.

Nos últimos meses, os insurgentes tomaram faixas de território no nordeste da Nigéria e várias cidades na fronteira com Camarões.

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