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Reino Unido vai colaborar com Jordânia para enviar ajuda humanitária aérea a Gaza

Além de Keir Starmer, Macron e Merz se comprometeram a trabalhar juntos em um plano para transformar na região a trégua em uma paz duradoura

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de julho de 2025 às 08h58.

O Reino Unido trabalhará com países como a Jordânia para transportar por via aérea ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e evacuar crianças que precisam de cuidados médicos urgentes, disse neste sábado o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Starmer fez o anúncio após conversas com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz - membros do grupo E3 -, nas quais eles enfatizaram a necessidade de pressionar por um cessar-fogo imediato no enclave.

Os três líderes se comprometeram a trabalhar juntos em um plano para transformar a trégua em uma paz duradoura e em uma solução de dois Estados. Quando estiverem prontos, eles envolverão outros aliados, disse Downing Street em um comunicado.

Na mesma conversa, os líderes discutiram a guerra na Ucrânia, concluindo que a pressão deve ser mantida sobre o presidente russo, Vladimir Putin, bem como o apoio militar a Kiev.

Sobre o programa nuclear do Irã, eles concordaram que, se o Irã não cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e retornar aos canais diplomáticos, as sanções serão restabelecidas no final de agosto.

Esse contato trilateral ocorre um dia após a divulgação de um comunicado conjunto do grupo E3 pedindo um cessar-fogo em Gaza, insistindo para que Israel suspenda as restrições à ajuda humanitária e reiterando sua rejeição a qualquer possível anexação do território palestino ocupado.

Após essa declaração, Starmer deixou claro que o Reino Unido ainda não reconheceria o Estado palestino, em contraste com a França, cujo presidente anunciou que fará isso em setembro, na Assembleia Geral da ONU.

Na sexta-feira, mais de 200 parlamentares britânicos pediram a Starmer que reconheça a Palestina em uma conferência da ONU organizada pela França e pela Arábia Saudita na próxima semana em Nova York, mas o líder trabalhista acredita que esse reconhecimento só será útil "como parte de um plano de paz mais amplo".

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