Cartazes eleitorais em rua de Hanover, Alemanha (Rafael Balago/Exame)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 23 de fevereiro de 2025 às 08h00.
Os alemães vão às urnas escolher um novo governo nas eleições gerais deste domingo, dia 23.
A votação começa às 8h de domingo e termina às 18h (14h em Brasília). A apuração costuma ser rápida e o resultado deverá ser conhecido já na noite de domingo.
As pesquisas eleitorais mostram o bloco CDU/CSU à frente, seguidos da AfD, de extrema-direita.
Veja os números, conforme o agregador de pesquisas do Financial Times, atualizados até sexta, 21.
A CDU/CSU, da ex-premiê Angela Merkel, liderou as pesquisas ao longo do último ano, mas teve uma ligeira queda nas últimas semanas, de cerca de 33% para 30%.
Em segundo lugar, a AfD, de extrema-direita, avançou de 17% para 20% no mesmo período, e deverá ter seu maior volume de votos já registrado.
Em terceiro, está o SPD, do atual premiê Olaf Scholz. Ele busca um novo mandato, mas suas chances são consideradas pequenas.
A Alemanha adota o sistema parlamentarista. Assim, o partido mais votado será convidado a formar um governo. Caso ele tenha elegido menos de 50% dos assentos de deputados em disputa, o partido vencedor precisa formar coalizões com outras legendas, até obter a maioria.
Se não houver acordo, novas eleições são convocadas depois de algumas semanas.
O atual líder da CDU, Friedrich Merz, deverá ser apontado como novo primeiro-ministro, desde que obtenha votos suficientes ou consiga fazer acordos com as outras legendas.
Projeções feitas pelo Financial Times apontam que a CDU poderia obter maioria ao se coligar com o SPD ou com os Verdes. A maioria dos principais partidos alemães disseram que não pretendem se unir com a AfD, por conta de suas ideias duras em áreas como o controle da imigração.
Formado em direito, atuou poucos anos na área e em 1989 se tornou político, primeiro como eurodeputado e depois membro do Bundestag, o Parlamento alemão. Ele deixou a política em 2009 e voltou à carreira jurídica, após alguns embates com Angela Merkel, do mesmo partido.
Merz voltaria à política em 2021 e assumiu o comando da CDU após Merkel se aposentar, em 2022.
Na campanha, ele tem prometido apertar o cerco contra a imigração irregular na Alemanha e mudar o formato de pagamento do seguro-desemprego para suspender o benefício a quem poderia trabalhar.