Mundo

Rússia abre investigação por genocídio no leste da Ucrânia

A Rússia anunciou a abertura de investigação por genocídio de populações no leste da Ucrânia

Blindado circula em uma estrada da região ucraniana de Donetsk (Anatolii Boiko/AFP)

Blindado circula em uma estrada da região ucraniana de Donetsk (Anatolii Boiko/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 14h45.

Moscou - A Rússia anunciou nesta segunda-feira a abertura de uma investigação criminal por genocídio das populações de língua russa no leste da Ucrânia, onde o uso de armas pesadas causou, de acordo com a Comissão de Investigação russa, a morte de, pelo menos, 2.500 pessoas.

O processo é referente às populações das repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk, os dois principais redutos separatistas no leste da Ucrânia, indicou em um comunicado o porta-voz da instituição, Vladimir Markin.

"Indivíduos não identificados a mando político e militar da Ucrânia, das Forças Armadas da Ucrânia, da Guarda Nacional e do Pravy Sektor (formação paramilitar ultranacionalista ucraniana) ordenaram a aniquilação dos cidadãos de língua russa", acrescentou.

Segundo Markin, o uso de armas pesadas e da aviação matou pelo menos 2.500 pessoas e causou a destruição de mais de 500 edifícios civis nas regiões de Donetsk e Lugansk durante os mais de cinco meses de conflito entre as forças da Ucrânia e os separatistas pró-russos.

A Comissão de Investigação da Rússia é a principal agência de inquéritos criminais do país e não tem jurisdição fora do território russo.

Segundo as Nações Unidas, o conflito no leste da Ucrânia matou mais de 3.200 pessoas e provocou o êxodo de mais de 600.000 civis.

O exército e os separatistas ucranianos utilizam armas pesadas, incluindo nos últimos dias, apesar da trégua decretada no início de setembro.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaRússiaUcrâniaGenocídioViolência política

Mais de Mundo

Conversa entre Lula e Trump muda rumo da crise, mas cenário é imprevisível, dizem analistas

Meloni diz não se opor ao reconhecimento do Estado da Palestina, mas com condições

Macron diz que Trump só poderá ganhar Nobel da Paz se 'parar' guerra em Gaza

Trump quer reformular processo de vistos H-1B e atrair profissionais com maiores salários aos EUA