Mundo

Rússia acusa rede francesa de vender mistura de carnes

A agência de saúde Rosselkhoznadzor afirmou ter identificado DNA de cavalo, vitela e frango em uma carne de porco picada vendida em supermercados


	Mercado de carnes em Moscou: a vitela picada continha porco, frango e cordeiro, enquanto as carnes de cordeiro e vitela continham porco
 (Natalia Kolesnikova/AFP)

Mercado de carnes em Moscou: a vitela picada continha porco, frango e cordeiro, enquanto as carnes de cordeiro e vitela continham porco (Natalia Kolesnikova/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2015 às 11h14.

As autoridades de saúde russas acusaram nesta terça-feira a rede francesa Auchan de vender uma mistura de carnes como se fosse vitela ou porco picados, mas retiraram a menção inicial sobre a presença de carne de cavalo.

Em um breve comunicado, a agência de saúde Rosselkhoznadzor afirmou ter identificado DNA de cavalo, vitela e frango em uma carne de porco picada vendida pelos supermercados da rede, muito implantada na Rússia.

O documento foi retirado de seu site ao meio-dia e substituído por um mais extenso no qual indicava que de 17 amostras de carne analisadas, 15 não respeitavam a composição indicada no rótulo.

Assim, a vitela picada continha porco, frango e cordeiro, enquanto as carnes de cordeiro e vitela continham porco.

Os serviços de imprensa responderam à AFP para explicar a mudança entre os dois comunicados.

Contactada pela AFP, a porta-voz da Auchan na Rússia, Maria Kurnosova, indicou que a companhia havia colocado em andamento "uma investigação interna para verificar estas informações".

A Auchan França, por sua vez, afirmou que a empresa ainda não recebeu nenhuma notificação oficial das autoridades russas sobre esta supostas infrações.

Para a agência de saúde russa, os resultados das análises "permitem concluir que existe uma fraude que consiste em substituir uma carne por outra menos cara".

A marca francesa, que conta com 88 estabelecimentos na Rússia, já teve outros desentendimentos com Moscou.

Há apenas uma semana, as autoridades a acusaram de prolongar artificialmente as datas de validade, não respeitar o regulamento no tratamento de resíduos alimentares e de utilizar frango estragado em suas pizzas.

Em 2013, a rede perdeu temporariamente a autorização de venda de bebidas em 11 de seus estabelecimentos por não ter fornecido os dados corretos.

Acompanhe tudo sobre:SaúdeImportaçõesComércio exteriorIndústria

Mais de Mundo

'Estamos à beira de um acordo de paz em Gaza', diz secretária das Relações Exteriores do Reino Unido

Protesto contra ofensiva de Israel em Gaza reúne entre 60 mil pessoas em Berlim

Venezuela realiza exercícios com a população para enfrentar terremotos e 'ameaça' dos EUA

Após ter visto revogado pelos EUA, Petro diz que 'não se importa' e que é 'livre no mundo'