Mundo

Rússia considera "contraproducente" uso da força na Síria

"Parece, para nós, que o único meio de evitar a guerra civil, o método mais promissor, é o diálogo nacional" na Síria, declarou o vice-ministro, Mikhail Bogdanov

A violência deixou em treze meses mais de 11.100 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (AFP)

A violência deixou em treze meses mais de 11.100 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 17h42.

Moscou - O vice-ministro das Relações Exteriores russo considerou nesta quinta-feira "contraproducente" usar a força na Síria com a autorização das Nações Unidas, depois de a França ter mencionado essa possibilidade e de a oposição síria ter exigido uma reunião de emergência na ONU.

"Considero que são enfoques contraproducentes", declarou o vice-ministro, Mikhail Bogdanov, citado pelas agências de notícias russas.

"Parece, para nós, que o único meio de evitar a guerra civil, o método mais promissor, é o diálogo nacional" na Síria, acrescentou.

"As questões do cessar-fogo, da retirada das tropas são, certamente, importantes a princípio, mas devem ser acompanhadas na prática de questões relacionadas ao processo político", insistiu Bogdanov.

O principal grupo da oposição síria exigiu nesta quinta-feira uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU depois de acusar as forças do regime de terem matado pelo menos cem pessoas na cidade de Hama (centro).

A Síria é cenário de uma revolta popular desde março de 2011, reprimida duramente pelo regime. A violência deixou em treze meses mais de 11.100 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaONURússiaSíria

Mais de Mundo

Príncipe Harry confessa que quer 'reconciliação' com o resto da família real

Chile anula alerta de tsunami na Antártida, mas mantém precaução em Magallanes

Hamas expressa disposição para libertar reféns, mas acusa Netanyahu de prolongar guerra

Venezuela rejeita ordem da CIJ de suspender eleições em área disputada com Guiana