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Rússia declara Universidade de Yale 'indesejável' em ação contra ativistas

A Rússia declarou Yale como 'indesejável', acusando a universidade de apoiar ativistas de oposição e desestabilizar o país

Rússia declara Universidade de Yale como 'indesejável', acusando-a de desestabilizar o país (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Rússia declara Universidade de Yale como 'indesejável', acusando-a de desestabilizar o país (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de julho de 2025 às 15h47.

Autoridades russas declararam a Universidade de Yale, nos Estados Unidos, como "indesejável" nesta terça-feira, acusando a instituição, uma das universidades americanas mais prestigiadas, entre outras coisas, de tentar "desestabilizar" o país.

Declarar uma organização "indesejável" no país significa proibir suas atividades em todo o território russo e pode levar a ações judiciais contra russos que trabalharem para ela ou a financiarem — caso da ONG Anistia Internacional.

Motivos da declaração de 'indesejável'

Segundo a Procuradoria-Geral russa, entre os graduados de Yale estão ativistas do Fundo de luta contra a corrupção (FBK), organização fundada pelo líder da oposição ao presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny, que morreu na prisão.

Em nota, a procuradoria russa diz que os ativistas usaram o conhecimento adquirido em Yale para "intensificar as ações de protesto na Rússia".

Impacto das ações da Universidade de Yale

"As atividades desta universidade buscam minar a integridade territorial da Federação Russa, impor um bloqueio internacional ao Estado e sabotar seus fundamentos econômicos, além de desestabilizar a situação socioeconômica e política do país", diz a nota.

Alexei Navalny, que morreu aos 47 anos em circunstâncias obscuras em uma prisão no Ártico em fevereiro de 2024, estudou na universidade, fundada em 1701.

A Yale fica em Connecticut, no nordeste dos Estados Unidos, e faz parte da Ivy League, que reúne as oito universidades mais prestigiadas do país.

A Rússia publicou sua lista de organizações "indesejáveis" pela primeira vez em 2015. Atualmente, possui mais de 200 nomes, incluindo a Universidade de Yale e a ONG Anistia Internacional.

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