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Rússia e Ucrânia concordam com trégua no mar Negro

Acordo foi anunciado nesta terça-feira após negociações feitas na Arábia Saudita

O presidente Volodymyr Zelensky, durante reunião na quarta, 22 (AFP)

O presidente Volodymyr Zelensky, durante reunião na quarta, 22 (AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 25 de março de 2025 às 12h49.

Última atualização em 25 de março de 2025 às 14h40.

A Rússia e a Ucrânia aceitaram um acordo para parar com ataques no mar Negro e garantir a passagem segura de navios comerciais, disse a Casa Branca em comunicado.

"Os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia concordaram em garantir a navegação segura, eliminar o uso da força e prevenir o uso de embarcações comerciais para fins militares no mar Negro", afirmou o governo americano, em comunicado.

O governo de Donald Trump disse ainda que os dois países concordaram em desenvolver meios para evitar ataques a estruturas de energia, como foi acordado na semana passada.

Haverá, ainda, esforços dos dois lados para acelerar a libertação de prisioneiros de guerra.

Em comunicado separado, o governo da Ucrânia disse que, caso a Rússia movimente navios de guerra fora da área leste do mar Negro, isso será considerado uma violação do acordo. “Neste caso, a Ucrânia terá pleno direito de exercer o direito à legítima defesa”, disse o Ministério da Defesa ucraniano, em nota.

O mar Negro é a principal rota marítima de saída da Rússia rumo ao sul e ao Mediterrâneo, caminho para exportações para a Europa e o Oriente Médio. A costa da Ucrânia para o mar Negro se tornou um dos principais campos de batalha da guerra atual. Ficam na região a Crimeia, península que a Rússia anexou da Ucrânia em 2012, e cidades como Mariupol, Kherson e Odessa.

Apoio a exportações russas

A Casa Branca disse, ainda, que ajudará a Rússia "a recuperar seu acesso ao mercado mundial de exportações agrícolas e de fertilizantes, baixar os custos de seguro marítimo e aumentar o acesso a portos e sistemas de pagamento para essas transações".

Após invadir a Ucrânia, a Rússia foi alvo de diversas sanções pelos Estados Unidos, na época sob comando de Joe Biden, e da Europa, o que reduziu e dificultou suas exportações.

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