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Rússia lança campanha de recrutamento militar para alistar 160 mil jovens

Exército garante que os novos recrutas não serão enviados à Ucrânia, país atacado pelas forças russas desde fevereiro de 2022

Vladimir Putin: presidente russo resiste às pressões de diversos países para a paz com a Ucrânia

Vladimir Putin: presidente russo resiste às pressões de diversos países para a paz com a Ucrânia

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Agência de notícias

Publicado em 31 de março de 2025 às 13h48.

Última atualização em 31 de março de 2025 às 13h56.

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A Rússia vai lançar sua campanha de recrutamento militar para alistar 160 mil jovens entre 18 e 30 anos, um número superior ao dos dois anos anteriores, segundo um decreto assinado pelo presidente, Vladimir Putin, nesta segunda-feira, 31.

O Exército garante que os novos recrutas não serão enviados à Ucrânia, país atacado pelas forças russas desde fevereiro de 2022.

A campanha para recrutar militares acontece duas vezes ao ano, na primavera e no outono boreais. A convocação deste ano começará na terça-feira, de acordo com o decreto assinado nesta segunda.

O texto prevê que "160 mil" cidadãos russos entre 18 e 30 anos de idade sejam convocados entre 1º de abril e 15 de julho deste ano.

Na campanha, normalmente lançada em abril, 150 mil recrutas foram convocados em 2024 e 147 mil em 2023, de acordo com a agência de notícias estatal Tass.

"A próxima campanha de alistamento não tem nada a ver com a operação militar especial na Ucrânia", afirmou o Ministério da Defesa russo em comunicado, utilizando o termo próprio para se referir à invasão naquele país.

Uma autoridade do Estado-Maior, o vice-almirante Vladimir Tsimlianski, afirmou ainda que os recrutas não participarão de "tarefas de operações especiais".

Em 2023, a Rússia aprovou uma lei que altera de 27 para 30 anos o limite de idade para o serviço militar obrigatório.

A invasão da Ucrânia levou as autoridades russas a ordenar a mobilização de mais de 300 mil pessoas até o final de 2022. Desde então, muitos russos deixaram o país por medo de serem convocados.

Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs um cessar-fogo, que Kiev aceitou sob pressão de Washington. Mas Putin fechou as portas para uma trégua incondicional e imediata, aceitando apenas uma moratória muito limitada, sem efeitos reais sobre os combates.

A Rússia, que continua no controle do campo de batalha apesar das grandes baixas, é acusada de querer ganhar tempo para aproveitar sua posição e tomar mais territórios.

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