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Rússia nega que iniciará nova corrida armamentista

Na última quinta-feira, o presidente Putin apresentou novas armas nucleares, mas o país nega que serão usadas contra algum país em específico

Putin: "o presidente destacou que de nenhuma maneira se pode considerar como o início de uma nova corrida armamentista", disse um porta-voz do governo russo (Sputnik/Alexei Nikolsky/Kremlin/Reuters)

Putin: "o presidente destacou que de nenhuma maneira se pode considerar como o início de uma nova corrida armamentista", disse um porta-voz do governo russo (Sputnik/Alexei Nikolsky/Kremlin/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2018 às 13h47.

Moscou - O Kremlin negou nesta sexta-feira que a Rússia queira iniciar uma nova corrida armamentista e que suas novas armas nucleares, apresentadas ontem pelo presidente russo, Vladimir Putin, sejam dirigidas contra algum país em específico.

"O presidente destacou que de nenhuma maneira se pode considerar como o início de uma nova corrida armamentista, já que não é outra coisa que a resposta da Rússia à ruptura do tratado sobre a defesa antimísseis por parte dos Estados Unidos em 2002", disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"O desdobramento por todo o mundo do escudo antimísseis americano poderia romper no futuro o equilíbrio estratégico, a paridade nuclear e, de fato, neutralizar as forças estratégicas da Rússia", acrescentou Peskov.

"Os novos sistemas de armamento apresentado por Putin durante o discurso sobre o estado da nação garantem a manutenção da paridade estratégica, necessária para a paz e a estabilidade no mundo todo", ressaltou Peskov.

Ao ser perguntado se as novas armas são dirigidas contra os EUA, Peskov respondeu que estas "não são uma ameaça para ninguém que não mantenha planos de atacar a Rússia".

O porta-voz também respondeu às críticas dos infográficos animados que acompanharam a apresentação e nos quais se pôde ver mísseis russos sobrevoando um mapa mundi em direção ao estado da Flórida (EUA).

"Não se usou mapa algum (no infográfico). Só eram contornos geográficos imaginários, sem nenhuma referência a algum país concretamente", afirmou o porta-voz do Kremlin.

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