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Rússia: sanções contra Irã buscam estrangular sua economia

Para o chanceler russo, as medidas geram descontentamento no país e não impedem a proliferação de armas nucleares

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, admitiu que, 'às vezes, as sanções são inevitáveis', mas neste caso, com relação ao Irã, são estéreis (Yuri Kadobnov/AFP)

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, admitiu que, 'às vezes, as sanções são inevitáveis', mas neste caso, com relação ao Irã, são estéreis (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 07h54.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quarta-feira que as sanções unilaterais contra o Irã buscam estrangular sua economia e gerar descontentamento no país, e não impedir a proliferação das armas nucleares.

'As sanções unilaterais adicionais adotadas por países ocidentais e outros estados contra o Irã não estão motivadas pelo interesse de evitar a proliferação das armas nucleares, mas buscam afetar a economia iraniana, influenciar a população para gerar o descontentamento', sustentou Lavrov em entrevista coletiva.

O chefe da diplomacia russa admitiu que, 'às vezes, as sanções são inevitáveis', mas neste caso, com relação ao Irã, são estéreis e lembrou que a Rússia nunca foi partidária desse tipo de medidas

Lavrov indicou que cada vez que o Irã manifesta disposição em retomar as negociações sobre seu programa nuclear surge novo fato que impõe obstáculo ao processo.

Como exemplo citou o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de novembro que, segundo o ministro russo, apresentou antecedentes conhecidos há tempos como se fossem novos para apoiar assim a tese de uma 'dimensão militar' do programa nuclear iraniano.

Ao mesmo tempo, o titular das Relações Exteriores russo expressou sua confiança em que a via do diálogo sobre o programa nuclear iraniano não está fechada.

'Estamos convencidos que existem todas as possibilidades para o reatamento das negociações entre o 'sexteto' (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Rússia, China, Estados Unidos, França e o Reino Unido - e Alemanha) e o Irã', disse. 

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