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Sarney: reforma política deve aliar voto proporcional e majoritário

Segundo presidente do Senado, com isso resolvido, 60% da reforma estaria pronta

José Sarney, presidente do Senado: lei não precisaria mais defender partidos menores (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)

José Sarney, presidente do Senado: lei não precisaria mais defender partidos menores (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 13h07.

Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu hoje (22) o voto misto como um dos principais pontos da reforma política que será elaborada pelo Senado. Segundo ele, a combinação dos votos proporcional (com base no quociente eleitoral) e majoritário (em que o mais votado é eleito) é o sistema ideal para corrigir as distorções eleitorais no país.

“Resolvendo isso, resolvemos 60% de todo o problema da reforma política”, disse. “Com o voto majoritário é possível fazer um voto proporcional. Contando dentro das legendas os votos majoritários que forem dados. É uma ideia que pode ser trabalhada”, acrescentou.

Sarney destacou que o voto proporcional foi criado para proteger os partidos menores, mas hoje isso não é mais necessário. “Com nossa sociedade aberta e pluralista, todo mundo tem o direito de expressar ideias. Hoje, um presidente de sindicato, se tiver expressão, opina muito mais. Não há apenas um Congresso onde os pequenos podem circular. É um problema mais de interesse de pequenos grupos do que realmente um problema de fundo”, explicou.

O Senado instala hoje (22) a comissão que vai elaborar um anteprojeto de reforma política. O grupo, coordenado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), terá 45 dias para concluir os trabalhos. Sarney destacou que, por causa do pouco tempo, a comissão não discutirá assuntos teóricos, mas, apenas, pontos práticos e objetivos. “Se entrar na parte teórica não sai nunca mais”, disse.

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