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Síria promete anistia para quem entregar as armas

As autoridades sírias não reconhecem o movimento de oposição ao regime e acusam "grupos armados" de semear o caos no país e de dividi-lo

Desde meados de março passado, a Síria vive um movimento de contestação sem precedentes contra o presidente al Assad
 (AFP)

Desde meados de março passado, a Síria vive um movimento de contestação sem precedentes contra o presidente al Assad (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 11h12.

Damasco - O ministério sírio do Interior anunciou nesta sexta-feira uma anistia para quem entregar as armas antes de 12 de novembro, informou a televisão oficial em um comunicado urgente.

"O ministério do Interior convida aos que portam armas, vendem, distribuem, compram ou financiam e que não tenham cometido crimes que se apresentem e entreguem as armas à delegacia de polícia mais próxima, de 2 a 12 de novembro", indica o comunicado.

"Estas pessoas serão imediatamente liberadas e se beneficiarão de uma anistia se não cometeram assassinatos".

Esta anistia acontece "por ocasião da festa de Al Adha (no domingo), a fim de preservar a segurança e a ordem pública", segundo as mesmas fontes.

Desde meados de março passado, a Síria vive um movimento de contestação sem precedentes contra o regime do presidente Bashar el Assad, que o reprimiu violentamente, causando mais de 3.000 mortos, segundo a ONU.

As autoridades não reconhecem a magnitude deste movimento e acusam "grupos armados" de semear o caos no país e de dividi-lo.

Nas últimas 24 horas, 24 civis foram mortos pelas forças de segurança, no dia seguinte à decisão tomada por Damasco de aceitar um plano árabe para pôr fim à repressão.

O poder sírio aceitou sem reservas o plano para sair da crise que prevê o fim total da violência, a libertação das pessoas presas pela repressão, a retirada das Forças Armadas das cidades e a livre circulação de jornalistas e observadores internacionais antes da abertura de um diálogo político entre o regime e a oposição.

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