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Síria retira 70% do material médico que entrou em Ghouta

Os 30% de material que receberam autorização para entrar em Ghouta consistem de oito toneladas de provisões médicas suficientes para 57.634 tratamentos

Síria: o comboio humanitário que entrou em Ghouta Oriental é o primeiro desde a intensificação dos ataques por parte das forças governamentais sírias e seus aliados em 18 de fevereiro (Courtesy of Syrian Red Crescent/Reuters)

Síria: o comboio humanitário que entrou em Ghouta Oriental é o primeiro desde a intensificação dos ataques por parte das forças governamentais sírias e seus aliados em 18 de fevereiro (Courtesy of Syrian Red Crescent/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de março de 2018 às 14h57.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta segunda-feira que as autoridades da Síria retiraram 70% das provisões médicas do comboio da ONU que conseguiu entrar em Ghouta Oriental, o principal reduto da oposição na periferia de Damasco.

"Durante a inspeção rotineira obrigatória por parte das autoridades nacionais sírias antes que o comboio partisse, cerca de 70% das provisões do carregamento da OMS foram rejeitados", disse à Agência Efe o porta-voz da organização, Tariq Jasarevic.

O porta-voz acrescentou que "todo" o material cirúrgico, de trauma, diálises e insulina foram rejeitados.

"A OMS denunciou em várias ocasiões a retirada dos comboios e a rejeição de material essencial para a sobrevivência por parte das autoridades nacionais. As provisões médicas fornecidas pela OMS nesses comboios são selecionadas após extensas consultas com os parceiros no terreno e são necessárias de forma urgente para salvar vidas e reduzir o sofrimento", acrescentou Jasarevic.

Os 30% de material que receberam autorização para entrar em Ghouta consistem de oito toneladas de provisões médicas suficientes para 57.634 tratamentos.

Essas provisões incluem remédios para doenças não transmissíveis, antibióticos, anestesia local, e remédios contra alergias.

O comboio humanitário que entrou em Ghouta Oriental - organizado pela ONU, pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e pelo Crescente Vermelho da Síria - é o primeiro desde a intensificação dos ataques por parte das forças governamentais sírias e seus aliados em 18 de fevereiro.

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