Mundo

Situação dos refugiados vai piorar se Síria não agir, diz ONU

O responsável pelo Acnur enfatizou que a guerra da Síria já dura "mais do que a Segunda Guerra Mundial na Europa", o que é "inadmissível"

Síria: "A Síria está em uma encruzilhada. Se não tomar medidas drásticas para melhorar a paz e a segurança, a situação piorará", advertiu (Khalil Ashawi/Reuters)

Síria: "A Síria está em uma encruzilhada. Se não tomar medidas drásticas para melhorar a paz e a segurança, a situação piorará", advertiu (Khalil Ashawi/Reuters)

E

EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 17h45.

Genebra - O responsável pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, afirmou nesta segunda-feira que a Síria vive um novo ponto crítico e ou toma medidas enérgicas para resolver o conflito ou a situação dentro do país e a dos refugiados vai se agravar.

"No sexto ano do conflito sírio, devemos lembrar os que mais sofrem por esta calamidade: os 4,9 milhões de refugiados, os 6,3 milhões de sírios internamente deslocados e os outros tantos que vivem no país com medo diário da guerra e da desgraça humana que ela causa", afirmou em comunicado.

Grandi enfatizou que a guerra da Síria já dura "mais do que a Segunda Guerra Mundial na Europa", o que é "inadmissível".

"A Síria está em uma encruzilhada. Se não tomar medidas drásticas para melhorar a paz e a segurança, a situação piorará", advertiu.

A tragédia da Síria vai além de suas fronteiras. Segundo Grandi, o fluxo de pessoas que sai do país e o aparentemente "imparável conflito" contribuíram para o clima de nervosismo que é visto hoje em muitos países.

"Se não resolve os problemas, os problemas voltam para você", sustentou o alto comissário, que garantiu que ele mesmo viu em recente visita à Síria como a guerra afeta as pessoas, especialmente às crianças.

"Atualmente, até as infraestruturas básicas se encontram em ruínas. Os hospitais, as escolas, as usinas hidrelétrica e de eletricidade não funcionam bem ou estão sendo controlados por partes enfrentadas", afirmou.

Ele salientou que a questão é importante porque as crianças representam a metade da população e um terço nasceu depois do início do conflito, há seis anos.

"As crianças sírias, seja em casa ou em comunidades de refugiados, são o futuro desse país e uma das poucas fontes de esperança", destacou.

Acompanhe tudo sobre:SíriaRefugiadosONU

Mais de Mundo

Mais de US$ 6 mil em peças de Lego: o que a polícia encontrou na casa de um ladrão nos EUA

Maduro diz que plano de defesa contra ameaças dos Estados Unidos foi acionado

Passagem de Rafah em Gaza será reaberta na segunda-feira, depois de um ano

Protestos contra Trump: mais de 2.700 manifestações "No Kings" programadas nos EUA