Mundo

Stoltenberg diz que Otan manterá arsenal nuclear "crível"

"Vamos seguir tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro como parte da postura de defesa da Otan"


	Otan: "Faremos uma avaliação e manteremos tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro"
 (John Thys/AFP)

Otan: "Faremos uma avaliação e manteremos tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro" (John Thys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 10h34.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira que a organização manterá um arsenal nuclear "crível e seguro" para seus propósitos de defesa e dissuasão, além de acrescentar que, apesar do reforço militar no leste da Europa, não procura o enfrentamento com a Rússia.

"Faremos uma avaliação e manteremos tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro", indicou Stoltenberg em uma breve entrevista coletiva antes entrar em uma reunião com os ministros da Defesa dos países que formam a Otan.

"Realizaremos as atualizações tanto por parte do Reino Unido como dos Estados Unidos sobre suas contribuições para a parte dissuasória nuclear da Otan", comentou Stoltenberg.

Perguntado se a Otan planeja enviar mais armas nucleares ou mísseis balísticos em países do leste da Europa, o secretário-geral da organização não quis dar detalhes.

"Vamos seguir tendo um elemento dissuasório nuclear crível e seguro como parte da postura de defesa da Otan", destacou.

Todos os membros da Otan com exceção da França, que decidiu se manter à margem, participam deste grupo de planejamento nuclear independentemente se eles possuem ou não armas nucleares.

O grupo, que é presidido pelo secretário-geral e reúne uma vez por ano os ministros da Defesa, aborda questões com a segurança e a viabilidade dessas armas, comunicações e sistemas de informação, assim como assuntos de preocupação comum, como o controle dos arsenais e a proliferação nuclear.

Os ministros esperam dar hoje seu apoio político à manutenção de quatro robustos batalhões multinacionais por rotação Lituânia, Letônia, Estônia e a Polônia, indicou Stoltenberg.

O secretário-geral também afirmou que a Otan avalia como aumentar sua presença na região do Mar Negro.

"Nesta reunião e na cúpula (em julho, em Varsóvia) tomaremos decisões particularmente relacionadas com a presença de forças na parte leste da Aliança. Ao mesmo tempo, não buscamos um confronto com a Rússia, não queremos uma nova Guerra Fria, seguiremos buscando uma relação construtiva e de cooperação com a Rússia", disse.

Acompanhe tudo sobre:ArmasEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaOtan

Mais de Mundo

Economia dos EUA dá sinais de desaceleração antes do impacto das tarifas de Trump

Macron condena racismo após assassinato em mesquita no sul da França

Forças da Índia e do Paquistão trocam tiros na Caxemira

Quando começa o Conclave? Veja o que se sabe sobre a eleição do novo papa