Mundo

Strauss-Kahn: mercado de trabalho está em situação catastrófica

Relatório do FMI diz que crise de 2008 aumentou o número de desempregados no mundo para 210 milhões

O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn: `esta crise, a mais grave de todas, deixou um deserto de parados sem comparação´

O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn: `esta crise, a mais grave de todas, deixou um deserto de parados sem comparação´

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 08h05.

Oslo - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, constatou hoje que o mercado de trabalho está em uma "situação catastrófica" e destacou que ela não se reverterá com as "receitas de sempre".

"Esta crise, a mais grave de todas, deixou um deserto de parados sem comparação", lembrou Strauss-Kahn ao inaugurar a conferência sobre emprego que hoje reúne em Oslo especialistas e líderes europeus.

Segundo o relatório preparado para esta jornada pelo FMI e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a crise gerou em apenas três anos 30 milhões de parados adicionais, o que elevou o número mundial de desempregados para 210 milhões.

Strauss-Kahn lembrou que a crise, que "ainda não se deteve", mudou a estrutura econômica dos países e colocou a toda prova os modelos econômicos.

Citou como exemplo o comportamento do mercado de trabalho da Alemanha, Japão e Noruega, onde o desemprego quase não se modificou, contra o daqueles países que viram ressurgir de forma dramática o desemprego porque "suas exportações caíram ou se viram arrastadas pelo colapso do setor da construção".

Strauss-Kahn se referia implicitamente à Espanha, que junto com os Estados Unidos figura no relatório do FMI e da OIT como o país onde o desemprego cresceu mais notoriamente durante a crise por causa de sua excessiva dependência - e abusos - do setor da habitação.

O diretor-gerente do FMI reiterou que a crise não vai parar e com ela o desemprego, daí, insistiu, "na necessidade de mudar nossa forma de pensar e nossas políticas".

"Temos que pensar de forma diferente. Esta crise não é como as demais. As regras de jogo mudaram. Esta prova de fogo não se resolve com as velhas receitas", disse Strauss-Kahn, defendendo uma maior cooperação e coordenação de políticas entre os Governos e instituições.

Leia mais notícias sobre o FMI

Siga as notícias do site EXAME sobre Mundo no Twitter

Acompanhe tudo sobre:DesempregoCrises em empresasFMIEconomistasStrauss-Kahn

Mais de Mundo

EUA impõe sanções aos maiores produtores de petróleo da Rússia

Portugal anuncia suspensão de emissão de vistos de procura de trabalho

China inicia formulação do 15º Plano Quinquenal para definir metas de 2026 a 2030

Pela primeira vez, há registro de mosquitos na Islândia; entenda