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Torcedores do Al Ahly protestam em ruas do Cairo

O protesto é pelo massacre ocorrido no estádio de Port Said no ano passado, em jogo do time da capital contra o Al Masry


	Bolsa do Cairo: protestantes também cercaram a Bolsa de Valores durante três horas.
 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Bolsa do Cairo: protestantes também cercaram a Bolsa de Valores durante três horas. (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 13h18.

Cairo - Milhares de torcedores do clube de futebol Al Ahly bloquearam várias das principais vias do Cairo nesta quarta-feira, em protesto pelo massacre ocorrido no estádio de Port Said no ano passado, em jogo do time da capital contra o Al Masry.

Sobre a Ponte de 6 de outubro, uma das artérias mais importantes do Cairo, centenas de veículos ficaram paralisados devido aos protestos dos "Ultras" - como os próprios torcedores se denominaram -, que se deslocavam para a praça Tahrir. Para interromper o trânsito, os manifestantes queimaram pneus, o que gerou cortinas de fumaça sobre o local.

Segundo o canal de televisão estatal egípcio, os Ultras também cortaram a estação de metrô de Saad Zaglul, no centro, e antes haviam cercado a Bolsa de Valores durante três horas.

O procurador-geral do Egito, Talat Abdullah, pediu ao Tribunal Penal de Port Said, no nordeste do país, que sejam abertas novas investigações sobre o massacre de um ano atrás. Na ocasião, 74 pessoas morreram, a maioria torcedores do Al Ahly.

O porta-voz da Procuradoria Geral, Hassan Yassin, disse que Abdullah fez o pedido após receber novas provas do caso, no qual 73 suspeitos estão sendo julgados.

Estava previsto que o tribunal desse a sentença no próximo sábado, mas a corte adiará o anúncio da decisão para ter tempo para examinar os novos indícios. O atraso causou a ira dos radicais do Al Ahly, que convocaram para hoje as manifestações que levaram o caos ao centro do Cairo.

Os Ultras foram a ponta de lança nos protestos contra o ex-presidente Hosni Mubarak e contra a Junta Militar que governou o país após sua queda, e voltaram a entrar em confronto com as forças de segurança nos distúrbios recentes contra o Governo islamita de Mohammed Mursi.

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