Agência de notícias
Publicado em 2 de maio de 2025 às 14h46.
Uma zona costeira da região de Magallanes, no Chile, foi evacuada nesta sexta-feira, 2, após um terremoto de magnitude 7,5 na escala Richter atingir o mar. Os tremores também foram sentidos em algumas regiões da Argentina. O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred) emitiu alertas para que a população deixasse a área devido ao risco de tsunami. Diante da situação nos países vizinhos, há risco do fenômeno afetar o Brasil?
O epicentro do terremoto foi localizado a 218,1 quilômetros ao sul de Puerto Williams, na região de Magallanes, e registrado no mar, a 10 quilômetros de profundidade — o que caracteriza um terremoto raso, com grande potencial destrutivo. Em razão do risco de tsunami, o Senapred reforçou o alerta de evacuação para as áreas costeiras afetadas.
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (NWS PTWC) emitiu um comunicado informando que ondas de tsunami perigosas podem atingir áreas costeiras num raio de até 300 quilômetros do epicentro — portanto, muito distantes da costa do Brasil. Segundo a MetSul Meteorologia, empresa gaúcha especializada em previsões climáticas, não há alerta generalizado para o Atlântico Sul, embora as autoridades sigam em estado de atenção.
O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred) chegou a enviar alertas à população para se retirar do setor costeiro da região por causa da ameaça de tsunami no sul Chile, mas horas depois suspendeu as advertências.
Nas redes sociais, vídeos registraram pessoas caminhando calmamente em direção a regiões mais seguras. O Instituto Antártico do Chile (INACH) informou à agência de notícias Reuters que as bases na região também estavam sendo esvaziadas.
No X, o governo local havia pedido que aproximadamente 100 habitantes saíssem da área e se dirigissem a áreas altas e seguras. Também instou "a suspensão de todos os tipos de atividade aquática e de navegação no Canal Beagle" até as 15h30.
Na província argentina da Terra do Fogo, as autoridades também determinaram a retirada "de forma preventiva" do pequeno vilarejo de Puerto Almanza.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) havia previsto que ondas que atingissem a região ficariam entre 0,3 e 1 metro na Antártida e de 1 a 3 metros na costa sul chilena.