Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS /AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 7 de março de 2025 às 08h51.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta quinta-feira, 7, os membros da Otan que, se não destinarem os recursos comprometidos com sua própria defesa, os EUA não os defenderão, o que seria uma violação do artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte.
Em declarações à imprensa na Casa Branca, Trump declarou que os membros da Otan ainda não estão pagando o suficiente e afirmou que já disse a vários países que não os defenderá se eles estiverem “inadimplentes” em suas contribuições.
Como a emissora de televisão "NBC" informou nesta quinta-feira, Trump está considerando mudanças significativas na forma como os EUA participam da Otan.
Especificamente, o republicano cogita ajustar o compromisso dos EUA com a aliança para favorecer os países que cumprem os compromissos de gastos com defesa, de acordo com a "NBC", que citou três funcionários atuais e antigos e fontes do Congresso.
Em seus comentários à imprensa, Trump não mencionou explicitamente essas possíveis mudanças, embora tenha reiterado sua posição de que Washington não protegerá os países que não investirem em sua segurança, o que colocaria em questão o compromisso de defesa coletiva da Otan.
A Otan estabeleceu como meta que cada membro deve gastar pelo menos 2% de seu PIB em defesa, uma meta que oito dos 32 países da organização ainda não atingiram.
Trump lembrou que, durante seu primeiro mandato, já havia alertado os aliados que os EUA não os defenderiam se não aumentassem seus gastos com defesa.
Segundo ele, essa pressão fez com que “centenas de bilhões de dólares” fossem investidos em segurança por vários países.
Em seu primeiro mandato e na atual campanha para as eleições de novembro, Trump questionou abertamente o princípio da defesa coletiva consagrado no Artigo 5 do Tratado do Atlântico Norte, que estabelece que um ataque a um membro da Otan é considerado um ataque a toda a organização.
O único país que ativou a cláusula de defesa comum da Otan foram os Estados Unidos após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.