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Trump afirma que os EUA se reunirão com o Irã na próxima semana: 'Talvez assinemos um acordo'

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que o acordo depende da disposição do Irã de negociar diretamente, não por meio de intermediários

Agência o Globo
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Publicado em 25 de junho de 2025 às 14h47.

Última atualização em 25 de junho de 2025 às 14h48.

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O presidente Donald Trump disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos vão se reunir com o Irã na "próxima semana" para debater um possível acordo nuclear, embora tenha dito repetidamente que não acredita que "seja tão necessário".

— Vamos conversar com [o Irã] na semana que vem. Talvez assinemos um acordo, não acho que precisamos. Eles tiveram uma guerra, lutaram, agora estão voltando para o mundo deles. Não me importa se tenho um acordo ou não — disse Trump ao final da cúpula da Otan em Haia, na Holanda.

Trump, de acordo com a rede americana CNN, ainda acrescentou que seu governo solicitaria o mesmo tipo de compromisso que buscou nas negociações com o Irã antes da "guerra dos 12 dias".

— A única coisa que estaríamos pedindo é o que estávamos pedindo antes — afirmou Trump, repetindo que o acordo não seja necessário devido à sua alegação de que os EUA destruíram com sucesso as capacidades nucleares do Irã, apesar das primeiras avaliações de inteligência sugerirem o contrário. — Não queremos energia nuclear, mas destruímos a energia nuclear. Em outras palavras, ela está destruída.

Além disso, Trump também contou que perguntou ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que também atua como seu conselheiro de segurança nacional, se ele queria redigir um acordo. Para o republicano, os EUA conseguiriam que os iranianos assinassem o documento.

— Se tivéssemos um documento, não seria ruim. Vamos nos reunir com eles — concluiu o presidente.

Rubio, por sua vez, disse que o acordo depende da disposição do Irã de negociar diretamente com os EUA, não por meio de intermediários.

Atraso no programa nuclear do Irã

Um relatório preliminar confidencial da Inteligência dos EUA, revelado na terça-feira pela CNN e confirmado pelo New York Times, aponta que o bombardeio americano a três instalações nucleares no Irã atrasou o seu programa nuclear em apenas alguns meses — e não em anos, como havia dito anteriormente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

A informação vai em linha com uma entrevista concedida pelo vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, na véspera, na qual ele sugeriu que os ataques não foram capazes de destruir o estoque de urânio enriquecido do país por completo, mas dificultaram sua capacidade de enriquecimento para alcançar níveis bélicos.

De acordo com o relatório — elaborado pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês), braço do Pentágono, com base na análise de danos feita pelo Comando Central dos EUA logo após a ofensiva —, os ataques bloquearam as entradas de duas das instalações, mas não destruíram seus edifícios subterrâneos.

As conclusões até agora contradizem as declarações do presidente americano, que afirmou que as instalações foram “totalmente obliteradas”. Fontes ouvidas pela CNN, no entanto, alertam que a avaliação ainda está em andamento e pode mudar com novas informações.

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