Boeing 747-800: o avião é tão luxuoso que é conhecido como "palácio voador", e Trump o viu quando esteve estacionado no Aeroporto Internacional de West Palm Beach (ROBEROBERTO SCHMIDT / AFPRTO SCHMIDT / AFP/AFP Photo)
Agência de Notícias
Publicado em 12 de maio de 2025 às 12h54.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira que seria "estúpido" rejeitar o Boeing 747-800 que a família real do Catar está planejando dar a ele para que seja usado como o Força Aérea Um, o avião presidencial americano.
"Eu poderia ser estúpido e dizer: 'Não, não queremos um avião gratuito e muito caro.' Mas achei que foi um grande gesto", disse o presidente republicano durante uma entrevista coletiva na Casa Branca.
Trump também afirmou que está "decepcionado" com a Boeing porque a empresa está demorando muito para construir um novo Força Aérea Um para substituir o atual, que o magnata considera ultrapassado.
Nesse sentido, afirmou que os catarianos estão cientes desses atrasos e foram muito "gentis" com sua oferta.
Questionado sobre o que fará com o avião catariano quando seu mandato terminar, Trump afirmou que o colocará em sua biblioteca presidencial, o espaço memorial que ex-presidentes constroem quando deixam a Casa Branca.
Trump também disse a uma repórter da emissora “ABC News” que ela deveria se sentir "envergonhada" por perguntar a ele sobre as considerações éticas que surgem ao aceitar receber gratuitamente um jato de luxo do Catar.
O presente do Catar a Trump deve ser anunciado esta semana, durante a viagem do presidente dos EUA ao Oriente Médio.
Segundo a imprensa americana, o avião é tão luxuoso que é conhecido como "palácio voador", e Trump o viu quando esteve estacionado no Aeroporto Internacional de West Palm Beach, na Flórida, em fevereiro.
Os consultores jurídicos da Casa Branca e do Departamento de Justiça concluíram que é legal que o Pentágono aceite a aeronave.
O preço de um novo Boeing 747-800 gira em torno de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,27 bilhões), e a aeronave que Trump receberia tem quase uma década de uso, de acordo com o jornal “The New York Times”. EFE