Donald Trump: 'Nossa mensagem é clara: não haverá lugar para delinquentes nem para aqueles que ameacem a segurança dos cidadãos'
Estagiária de jornalismo
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 14h46.
Última atualização em 16 de outubro de 2025 às 15h56.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou o Hamas nesta quinta-feira, 16. Em uma publicação de seu perfil na rede social Truth, o presidente afirmou: "Se o Hamas continuar matando pessoas em Gaza, que não é parte do Acordo, não teremos outra opção além de ir lá e matá-los. Obrigado pela sua atenção nessa questão"
A declaração vem em um momento em que as execuções do Hamas geram preocupação internacional.
No norte do território, enquanto as forças israelenses se retiravam da cidade de Gaza, a polícia armada do governo do Hamas retomou as patrulhas nas ruas.
No âmbito do acordo de cessar-fogo promovido pelos Estados Unidos, o Hamas tem consolidado seu controle sobre cidades devastadas do território e executado pessoas em plena via pública.
Um vídeo no canal oficial do grupo mostra oito pessoas vendadas e ajoelhadas, que o Hamas definiu como "colaboradores [de Israel] e delinquentes", sendo baleadas.
O vídeo, aparentemente filmado na noite de segunda-feira, 13, surgiu enquanto ocorriam confrontos entre diversas unidades de segurança do Hamas e clãs palestinos armados, alguns supostamente apoiados por Israel.
"Nossa mensagem é clara: não haverá lugar para delinquentes nem para aqueles que ameacem a segurança dos cidadãos", disse uma fonte de segurança palestina em Gaza à AFP.
Em resposta à publicação do vídeo, o principal comandante dos Estados Unidos no Oriente Médio pediu ao Hamas, nesta quarta-feira que pare de disparar contra civis palestinos.
"Instamos firmemente ao Hamas que suspenda de imediato a violência e os disparos contra civis palestinos inocentes em Gaza", disse o almirante Brad Cooper, chefe do Comando Central do Exército dos Estados Unidos (Centcom), em um comunicado.
Cooper instruiu o Hamas a aproveitar a "oportunidade histórica para a paz" e "aderir estritamente ao plano de paz de 20 pontos do presidente Trump e desarmar-se sem demora".
O governo francês também condenou nesta quarta-feira as execuções.
"A França condena energicamente as execuções sumárias perpetradas pelo Hamas nos últimos dias em Gaza", declarou o Ministério das Relações Exteriores francês.