Um manifestante grita slogans durante um protesto pedindo ação para garantir a libertação de israelenses mantidos reféns em Gaza desde outubro de 2023, em frente ao Ministério da Defesa israelense em Tel Aviv em 15 de janeiro de 2025, em meio à guerra em andamento entre Israel e o grupo militante Hamas. O Hamas aprovou uma trégua em Gaza e um acordo de libertação de reféns, disseram fontes palestinas próximas às negociações em 15 de janeiro, depois que o mediador Qatar expressou esperança de que um acordo para encerrar a guerra pudesse ser alcançado muito em breve. (Foto de Jack GUEZ / AFP) (Jack GUEZ /AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 4 de março de 2025 às 12h49.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira cortar o financiamento federal para qualquer escola ou universidade no país que permitisse protestos "ilegais" e chegou a advertir que prenderia ou deportaria estudantes que participassem dessas manifestações.
"Todo financiamento federal será interrompido para qualquer colégio, escola ou universidade que permita protestos ilegais. Os agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram", anunciou o presidente americano em sua rede social própria, a Truth Social.
"Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos", acrescentou.
Os comentários de Trump chegam em resposta aos protestos que eclodiram em abril de 2024 em campus universitários nos EUA contra a guerra na Faixa de Gaza e o apoio de Washington a Israel. Essas manifestações duraram cerca de três meses e resultaram na prisão de aproximadamente 3.100 pessoas.
No final de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva prometendo reprimir o movimento pró-Palestina, o qual chamou de "pró-jihadista", incluindo a identificação de estudantes estrangeiros que participaram dos protestos para deportá-los e o cancelamento dos vistos daqueles que fossem considerados "simpatizantes do Hamas".
Muitos dos estudantes que participaram dos protestos negaram apoiar o Hamas ou se envolver em atos antissemitas, dizendo que seu objetivo era protestar contra a ofensiva militar de Israel em Gaza, que matou mais de 47.000 pessoas.
Como resultado da ordem executiva de Trump, o Departamento de Justiça anunciou no final de fevereiro que uma força-tarefa visitaria dez universidades dos EUA, incluindo as prestigiadas Columbia e Harvard, para coletar informações sobre os protestos e avaliar possíveis punições.