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Trump assina ordem para garantir segurança do Catar após ataque israelense

Ordem foi assinada pelo presidente na segunda-feira, no mesmo dia em que ele recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 1 de outubro de 2025 às 15h56.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva comprometendo-se a garantir a segurança do Catar, incluindo medidas militares, apenas três semanas depois de Israel bombardear líderes do Hamas em Doha, um ataque que provocou indignação entre as autoridades catarianas.

A ordem foi assinada por Trump na segunda-feira, no mesmo dia em que ele recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, forçando-o a ligar para seu colega do Catar para se desculpar pelo ataque.

De acordo com a ordem, qualquer ataque armado contra o território, a soberania ou a infraestrutura crítica do Catar será considerado uma "ameaça à paz e à segurança dos Estados Unidos".

Nesse caso, os EUA "tomarão todas as medidas apropriadas, incluindo medidas diplomáticas, econômicas e, se necessário, militares, para defender os interesses dos Estados Unidos e restaurar a paz e a segurança do Catar".

O texto também enfatiza que a resposta a qualquer agressão externa será "planejada em conjunto" entre EUA e Catar.

Embora não seja um tratado formal e, portanto, menos vinculante, a ordem executiva representa um importante compromisso dos EUA, há muito buscado pelo governo do Catar.

Israel está cada vez mais isolado internacionalmente depois que o ataque de 9 de setembro contra os líderes do Hamas em Doha, onde ocorriam as negociações para a paz em Gaza, provocou uma forte reação no mundo árabe e muçulmano.

Ao mesmo tempo, diversos países, incluindo França e Reino Unido, reconheceram oficialmente o Estado palestino como um gesto de condenação da ofensiva na Faixa de Gaza, que está sendo cada vez mais descrita como genocídio.

Nesse contexto, Netanyahu declarou na segunda-feira que aceita um plano de paz elaborado por Trump para conseguir um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns e a criação de um governo de transição no enclave palestino sem a participação do Hamas, uma proposta sobre a qual o grupo islâmico ainda não se pronunciou.

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