Agência de Notícias
Publicado em 30 de março de 2025 às 12h19.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, notificou os parceiros da petroleira estatal venezuelana PDVSA - entre eles a espanhola Repsol - que suas autorizações para exportar petróleo e derivados da Venezuela foram canceladas, informou a imprensa americana nas últimas horas.
Além da Repsol, entre as empresas afetadas estão a americana Global Oil Terminals, a italiana Eni, a francesa Maurel & Prom e a indiana Reliance Industries, que haviam recebido autorizações para operar com o petróleo venezuelano em suas refinarias em todo o mundo, de maneira excepcional às sanções contra o chavismo.
Essas licenças foram concedidas durante a gestão do presidente democrata Joe Biden, portanto, de acordo com a imprensa dos EUA, a maioria dessas empresas já havia suspendido as importações de petróleo venezuelano depois que Trump ordenou nesta semana uma tarifa de 25% sobre os compradores de petróleo e gás venezuelanos.
Entretanto, nos casos da Repsol e da Reliance, com forte presença nos Estados Unidos, foi solicitada autorização para operar na Venezuela para evitar sanções.
Agora, as empresas têm até o final de maio para liquidar as operações no país latino-americano, intensificando a campanha do governo Trump para isolar a Venezuela, em meio a uma batalha na qual a migração também desempenha um papel fundamental: a Venezuela tem se oposto pontualmente a aceitar cidadãos deportados pelos EUA.
Em fevereiro, a Venezuela exportou 910.000 barris diários de petróleo e combustível, acima dos 867.000 barris diários em janeiro.
Trump também anunciou semanas atrás a revogação de uma licença importante concedida à Chevron para operar na Venezuela, motivo pelo qual a empresa americana terá de desmantelar suas instalações no país sul-americano.
Além disso, o presidente americano emitiu uma ordem executiva nesta semana declarando que os Estados Unidos começarão a impor a tarifa de 25% mencionada acima a qualquer país que compre petróleo venezuelano.