Agência de Notícias
Publicado em 3 de outubro de 2025 às 11h57.
Última atualização em 3 de outubro de 2025 às 12h05.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o cancelamento de subsídios avaliados em mais de US$ 7,5 bilhões para 223 projetos no setor de energia em 16 estados governados pelo Partido Democrata, a maioria deles focados em fontes renováveis.
De acordo com um comunicado do Departamento de Energia datado de quinta-feira, serão canceladas 321 subvenções para os 223 projetos que, segundo o governo, “não contribuíam significativamente para satisfazer as necessidades energéticas do país, não eram economicamente viáveis e não gerariam um retorno positivo do investimento dos fundos públicos”.
O corte representará “uma economia de aproximadamente US$ 7,56 bilhões para os contribuintes americanos”, de acordo com o texto, que não detalha os projetos, embora assegure que as ajudas foram concedidas por agências como a de Demonstração de Energias Limpas, Eficiência Energética e Energias Renováveis, a de Modernização de Redes Elétricas e a de Projetos de Pesquisa Energética Avançada.
O diretor do Escritório de Administração e Orçamento, Russell Vought, braço executor de muitos dos cortes implementados pelo governo Trump, afirmou na rede social X (ex-Twitter) que o financiamento para “a falsa iniciativa do ‘Novo Pacto Verde’ [do governo de Joe Biden], que pretendia impulsionar a agenda climática da esquerda, será cancelado”.
Vought especificou que os projetos estavam sendo implementados na Califórnia, Colorado, Connecticut, Delaware, Havaí, Illinois, Maryland, Massachusetts, Minnesota, New Hampshire, Nova Jersey, Novo México, Nova York, Oregon, Vermont e Washington, todos estados governados por democratas e onde a rival de Trump, Kamala Harris, foi a mais votada nas eleições presidenciais de novembro de 2024.
O comunicado do Departamento de Energia descreve que 26% dos 321 subsídios cancelados, avaliados em cerca de US$ 3,1 bilhões, foram concedidos entre 5 de novembro de 2024, dia das eleições em que Trump venceu, e 20 de janeiro deste ano, quando ele reassumiu o cargo de presidente dos EUA.
Desde o retorno à Casa Branca, Trump declarou guerra aos projetos de energia renovável, paralisando especialmente usinas eólicas offshore em estados democratas da costa leste, e apostou no impulso da mineração de carvão e na extração de hidrocarbonetos por meio de fraturamento hidráulico, além do desenvolvimento de energia nuclear avançada.
Trump reiterou que os EUA devem duplicar ou triplicar nos próximos anos a produção de eletricidade para atender à enorme demanda energética dos centros de dados que apoiarão o desenvolvimento da inteligência artificial e que concentram os grandes investimentos no país atualmente.