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Trump diz não estar preocupado com aproximação comercial entre América Latina e China

Desde seu retorno à Casa Branca, Trump intensificou a guerra comercial contra seus parceiros, aos quais impôs tarifas, a maioria em vigor desde 7 de agosto

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 14 de agosto de 2025 às 19h29.

Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 19h33.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que não está preocupado com uma possível aproximação comercial entre a China e os países latino-americanos, incluindo o Brasil, que busca se conectar com outros mercados diante dos aumentos de tarifas promovidos pelo político republicano.

Perguntado no Salão Oval da Casa Branca se está preocupado com uma possível expansão das relações econômicas entre Pequim e as poderosas economias latino-americanas, como Brasil, México e o restante da região, Trump disse sem rodeios: "Não estou preocupado de forma alguma. Eles podem fazer o que quiserem".

"Nenhum deles está se saindo muito bem. Com o que estamos fazendo economicamente, estamos superando todos, inclusive a China. No momento, estamos nos saindo melhor do que qualquer outro país do mundo", comentou.

Desde seu retorno ao poder em janeiro, Trump intensificou a guerra comercial contra seus parceiros, aos quais impôs tarifas — a maioria em vigor desde 7 de agosto — que variam de 10% nos países com os quais mantém um superávit a 50%, caso do Brasil.

Quanto ao Brasil, que enfrenta a maior taxa em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, Trump advertiu que o país tem sido "um parceiro comercial horrível em termos de tarifas", além de ter "algumas leis muito ruins".

"Acho que é uma execução política o que estão tentando fazer com Bolsonaro. Acho que isso é terrível. Mas eles também nos trataram muito mal como parceiros comerciais por muitos anos. Então agora eles estão recebendo tarifas de 50% e não estão felizes", alertou.

Esse aumento nas tarifas ameaça abalar exportações estratégicas, como a agricultura, que são fundamentais para as economias de Brasil, Colômbia, Equador e Peru. A maioria das economias latino-americanas enfrenta agora o desafio de diversificar seus mercados e encontrar alternativas competitivas, com a China na vanguarda como um parceiro estratégico emergente.

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que lançará uma ofensiva comercial global para buscar novos mercados e substituir as exportações para os Estados Unidos, para o que já entrou em contato com Índia, China e África do Sul, e planeja fazer o mesmo com França, Alemanha e outros países europeus.

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