Donald Trump: presidente dos EUA vai derrubar sigilo dos últimos documentos sobre o caso J.F. Kennedy (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 17 de março de 2025 às 21h22.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que derrubará, nesta terça-feira, o sigilo dos últimos documentos mantidos pelo governo dos EUA sobre o assassinato do presidente John Kennedy, em 1963, cumprindo uma promessa feita em janeiro.
Trump fez o anúncio durante visita ao Kennedy Center, em Washington, que recebeu o nome do presidente assassinado.
"Estando aqui, pensei que seria apropriado. Amanhã (terça-feira), anunciaremos e disponibilizaremos todos os arquivos de Kennedy", disse aos jornalistas.
Em 23 de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva para derrubar o sigilo de documentos sobre os assassinatos do presidente Kennedy e de seu irmão Robert “Bobby” Kennedy, na década de 1960, bem como do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.
O caso de JFK, iniciais pelas quais o presidente era conhecido, ainda alimenta teorias da conspiração seis décadas anos após sua morte.
"Temos um volume enorme de documentos, vocês terão muito o que ler", disse Trump. "Acho que não censuramos nada".
O Arquivo Nacional, responsável pelo armazenamento dos documentos, tornou públicos dezenas de milhares de arquivos nos últimos anos relacionados ao assassinato do presidente, no dia 22 de novembro de 1963, mas milhares deles foram retidos por razões de segurança nacional. Em dezembro de 2022, quando foi feita a última publicação, foi indicado que 97% dos documentos estavam disponíveis ao público.
A Comissão Warren, que investigou o assassinato do carismático presidente de 46 anos, determinou que o assassinato foi cometido pelo ex-atirador da Marinha Lee Harvey Oswald, que agiu sozinho. Mas isso não eliminou as teorias da conspiração, que especulam sobre uma conspiração. A lenta divulgação de registros governamentais contribuiu para a propagação das versões “alternativas” sobre o crime.
Especialistas afirmam ser improvável que os documentos não divulgados contenham revelações chocantes ou acabem com as teorias extraoficiais sobre o assassinato do 35º presidente dos EUA.
Oswald foi morto a tiros dois dias depois de matar Kennedy pelo dono de uma boate, Jack Ruby, durante uma transferência de prisioneiros.
Centenas de livros e filmes, como "JFK", de Oliver Stone, de 1991, alimentaram a conspiração. Eles apontam o dedo da culpa para os rivais da Guerra Fria, a União Soviética, Cuba, a máfia e até mesmo o vice-presidente de Kennedy, Lyndon Johnson.