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Trump diz que Câmara deveria votar pela divulgação dos arquivos de Epstein

Assunto voltou à pauta após e-mails de Epstein citarem Trump; presidente dos EUA afirmou que não tem nada a esconder e atribuiu o caso a “lunáticos da esquerda radical”

Donald Trump:  (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP Photo)

Donald Trump: (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP Photo)

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 07h01.

Última atualização em 17 de novembro de 2025 às 07h39.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite deste domingo, 16, que apoia uma votação na Câmara dos Representantes para liberar os novos arquivos ligados ao caso do financista Jeffrey Epstein.

A declaração ocorre após legisladores democratas dos EUA divulgaram e-mails nos quais Epstein, condenado por crimes sexuais e tráfico humano em sua ilha particular, sugere que Trump sabia "sobre as garotas" do financista e que "passou horas" com uma de suas vítimas em sua casa.

"Já é hora de superar essa farsa dos democratas, perpetrada por lunáticos da esquerda radical para desviar a atenção do grande sucesso do Partido Republicano", escreveu o republicano em sua rede social Truth Social.

" Os republicanos da Câmara deveriam votar para divulgar os arquivos de Epstein, porque não temos nada a esconder", disse.

Mudança de posição amplia disputa interna entre republicanos

Donald Trump (à direita) com Jeffrey Epstein (esquerda) na suaresidência em Mar-a-Lago  Palm Beach, Flórida, em 1997. (Davidoff Studios/Getty Images) (Davidoff Studios/Getty Images)

Epstein morreu em 2019, em uma prisão federal, após ser acusado de exploração sexual de menores. Relatórios oficiais apontam suicídio.

Sua ex-sócia, Ghislaine Maxwell, cumpre pena de 20 anos pelo mesmo esquema. Antes disso, Epstein já havia se declarado culpado em 2008 na Flórida por solicitação de prostituição, incluindo um caso envolvendo menor de idade.

Democratas do Comitê de Supervisão da Câmara afirmaram que os e-mails “levantam sérias questões” sobre Trump e seu conhecimento das atividades de Epstein. As mensagens também mencionam Larry Summers, ex-secretário do Tesouro e ex-presidente da Universidade Harvard, além de registrarem contatos de Bill Clinton com o financista nos anos 1990 e 2000.

O caso Epstein é uma das maiores controvérsias relacionadas a Trump, e o Partido Republicano chegou a negar a existência de arquivos relacionados ao caso.

Trump, que nega qualquer envolvimento ou conhecimento das atividades de tráfico sexual de Epstein e acusou os congressistas de tentarem "desviar a atenção" de seus próprios erros.

Em um e-mail de abril de 2011, divulgado na última semana, destinado à Maxwell, Epstein sugere que Trump passou muito tempo com uma mulher, que a Casa Branca identificou posteriormente como a principal acusadora de Epstein, Virginia Giuffre.

"Quero que você saiba que o cão que ainda não ladrou é Trump", escreveu Epstein, que acrescentou que a vítima "passou horas com ele na minha casa, e ele nunca foi mencionado".

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