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Trump diz que escada rolante da ONU quebrou e o deixou no caminho: 'ainda bem que estou em forma'

Presidente americano fez discurso na Assembleia-Geral da ONU logo após fala do presidente Lula

Donald Trump, presidente dos EUA, durante discurso na Casa Branca, em 22 de setembro  (Saul Loeb/AFP)

Donald Trump, presidente dos EUA, durante discurso na Casa Branca, em 22 de setembro (Saul Loeb/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 23 de setembro de 2025 às 11h35.

Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 12h57.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a escada rolante da ONU, em Nova York, quebrou enquanto o levava para o discurso realizado nesta terça-feira, 23.

"Tudo que a ONU me deu foi uma escada rolante que parou no meio da subida. Se a primeira-dama não estivesse em boa forma, ela podia ter caído. Mas ela está em boa forma. Nós dois estamos", disse.

Trump usou o caso para questionar a ONU e seu estado atual. Ele também reclamou que o teleprompter onde leria seu discurso não estava funcionando. O equipamento foi consertado em alguns instantes.

"Eu terminei sete guerras, e não recebi nenhuma ligação da ONU. Só o que me deram foi uma escada rolante ruim e um teleprompter ruim. Muito obrigado", disse.

Trump disse que terminou sete guerras "intermináveis" pelo mundo, como no Camboja, Tailândia, Congo e Ruanda. Ele citou na lista o conflito entre Israel e Irã, no qual os EUA bombardearam o território iraniano sob acusação de que o país estaria perto de obter uma bomba nuclear.

O americano começou seu discurso citando ações de seu governo e fazendo ataques à gestão anterior. "Estamos vivendo uma era de ouro na América", afirmou.

Ele também citou o combate à imigração irregular e disse que a entrada irregular pela fronteira com o México foi zerada. "Se você vier ilegalmente para os EUA, será preso, mandado de volta para onde veio, ou algo pior", disse.

Primeiro discurso neste mandato

Este foi o primeiro discurso de Trump na ONU em seu segundo mandato.

Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, o líder americano tem reduzido verbas americanas para órgãos internacionais, como a ONU, o que tem gerado problemas financeiros, pois os EUA são o maior doador para essas entidades.

Trump também é um grande crítico dos órgãos multilaterais e de decisões tomadas em conjunto pelos países. Ele retirou os Estados Unidos de tratados internacionais e defende que os americanos priorizem seus próprios interesses sempre que possível.

Ao abrir a Assembleia Geral, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que os cortes nos orçamentos de ajuda humanitária estão "causando estragos", ao abrir a reunião anual de líderes mundiais da organização, pintando um quadro sombrio da ordem mundial.

"[Os cortes] são uma sentença de morte para muitos. Um futuro roubado para muitos outros", disse ele, sem mencionar os Estados Unidos.

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