A Casa Branca informou na quinta-feira que o republicano tomará uma decisão sobre o envolvimento ou não dos EUA no conflito entre Israel e Irã "nas próximas duas semanas".
Agência de Notícias
Publicado em 20 de junho de 2025 às 19h40.
Última atualização em 20 de junho de 2025 às 19h54.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou que "a Europa não poderá ajudar" na atual crise com o Irã, quando perguntado nesta sexta-feira sobre a reunião dos principais diplomatas europeus e iranianos em Genebra.
"Eles não querem falar com a Europa. Eles querem falar conosco [EUA]. A Europa não vai poder ajudar nisso", assegurou Trump ao ser questionado sobre as conversas que a diplomacia europeia considera que conseguiram abrir um caminho de diálogo que poderia evitar uma maior escalada do conflito entre Irã e Israel, assim como um ataque militar dos EUA contra o país islâmico como o que o presidente americano pensa em realizar.
Ao mesmo tempo, Trump declarou que não está disposto a pressionar Israel a interromper seus ataques, conforme solicitado em Genebra pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, para poder continuar as negociações sobre o programa nuclear do país.
"Acho que é muito difícil fazer essa solicitação no momento. Se alguém estiver ganhando, é um pouco mais difícil do que se alguém estiver perdendo. Mas estamos prontos, dispostos e capazes, e temos conversado com o Irã, e veremos o que acontece", comentou Trump ao aterrissar em Morristown, em Nova Jersey, a caminho de seu campo de golfe em Bedminister.
A Casa Branca informou na quinta-feira que o republicano tomará uma decisão sobre o envolvimento ou não dos EUA no conflito entre Israel e Irã "nas próximas duas semanas".
A imprensa local mencionou a rejeição de Trump à invasão do Iraque pelos EUA há mais de 20 anos e questionou: "Qual a diferença entre aquela época e [a situação atual no] Irã?", e o mandatário respondeu categoricamente que no Iraque "não havia armas de destruição em massa".
O presidente dos EUA também foi conciso ao afirmar que a comunidade de inteligência dos EUA está "errada" ao dizer que não há evidências de que Teerã possua armas nucleares.
Trump então perguntou quem da comunidade de inteligência havia feito tal afirmação.
"A diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard", disseram os repórteres. "Bem, ela está errada", comentou Trump.
O magnata nova-iorquino insistiu na exigência que Washington vem defendendo desde o início dos contatos com Teerã em abril, ou seja, que o país islâmico abandone seus planos de continuar enriquecendo urânio.
"[Os iranianos] estão sentados sobre uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Eu simplesmente não entendo por que eles precisam disso para usos civis", argumentou.