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Trump diz que isolamento do Catar colabora para fim do terrorismo

O presidente sugeriu que "todos os elementos apontam para o Catar" no financiamento do extremismo

Donald Trump: as declarações do presidente americano contrastam com o tom conciliador de seu secretário de Estado, Rex Tillerson (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: as declarações do presidente americano contrastam com o tom conciliador de seu secretário de Estado, Rex Tillerson (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de junho de 2017 às 14h21.

O presidente americano, Donald Trump, estimou nesta terça-feira que o isolamento do Catar "pode ​​ser o começo do fim do horror do terrorismo", sugerindo que "todos os elementos apontam para o Catar" no financiamento do extremismo.

Os países do Golfo disseram "que adotariam uma linha dura contra o financiamento do extremismo e todos os elementos apontam para o Catar", tuitou Donald Trump.

"Este pode ser o início do fim do horror do terrorismo", acrescentou, referindo-se à decisão da Arábia Saudita e de outros países da região de isolar o Catar.

O emirado é acusado por seus detratores de ter ligações com a rede Al-Qaeda, com o grupo Estado Islâmico (EI) e com a Irmandade Muçulmana, classificados como "terroristas" por alguns países árabes.

Donald Trump já havia se expressado no Twitter esta manhã atribuindo o isolamento do Catar a sua recente visita à Arábia Saudita centrada na luta contra o islamismo radical.

"Durante a minha recente viagem ao Oriente Médio, afirmei que o financiamento da ideologia radical deveria parar. Os líderes apontaram o Catar - E olhem!", escreveu o presidente dos Estados Unidos.

Estas declarações do presidente americano contrastam com o tom conciliador de seu secretário de Estado, Rex Tillerson, que na segunda-feira pediu aos países do Golfo para permanecerem "unidos" e "sentarem e conversarem sobre essas diferenças".

O Catar abriga a maior base aérea americana na região, sede do comando militar dos Estados Unidos responsável para o Oriente Médio.

Esta base é crucial para a luta contra o grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, liderada pela coalizão internacional dirigida por Washington e da qual Doha faz parte.

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