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Trump diz que Maduro 'ofereceu de tudo' para evitar conflito com os EUA

Com mais ataques próximos à costa venezuelana e a recente confirmação de intervenção da CIA no país sul-americano, Trump afirma que Maduro havia oferecido grandes concessões para Washington

Nicolás Maduro; Donald Trump (Montagem/Exame)

Nicolás Maduro; Donald Trump (Montagem/Exame)

Paloma Lazzaro
Paloma Lazzaro

Estagiária de jornalismo

Publicado em 17 de outubro de 2025 às 16h14.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 17, que o líder venezuelano Nicolás Maduro ofereceu grandes concessões para aliviar as tensões com Washington.

"Ele ofereceu tudo. Sabe por quê? Porque ele não quer se meter com os Estados Unidos", disse Trump quando um jornalista na Casa Branca perguntou sobre relatos de que Caracas havia apresentado planos de desescalada de tensões.

Ataques marítimos

Na mesma coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump foi questionado sobre relatos de um ataque que deixou vários sobreviventes.

Em resposta, o presidente confirmou um novo ataque das forças armadas dos EUA contra supostos traficantes de drogas no Caribe, dizendo que um submarino foi alvo desta vez.

"Atacamos um submarino, e esse era um submarino transportador de drogas construído especificamente para o transporte de quantidades massivas de drogas", afirmou Donald Trump.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sentado ao lado de Trump, não confirmou se houve sobreviventes, dizendo que informações seriam divulgadas posteriormente

Nesta sexta-feira, a Reuters noticiou que o exército dos Estados Unidos está mantendo dois sobreviventes a bordo de um navio da Marinha após resgatá-los de uma embarcação suspeita de tráfico de drogas no Caribe.

O ataque norte-americano à embarcação ocorreu na quinta-feira. Se os sobreviventes estiverem sendo mantidos a bordo, eles podem ser os primeiros prisioneiros da guerra de Trump contra   “ameaça narcoterrorista” da Venezuela.

Atuação da CIA na Venezuela

As afirmações vêm dois dias após o mandatário norte-americano confirmar que autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA), órgão de espionagem e atuação no exterior, a agir na Venezuela, em uma campanha para desestabilizar Maduro.

"Certamente estamos pensando agora na terra, porque já temos bem sob controle o mar", disse Trump no Salão Oval na quarta-feira, em resposta a uma pergunta da imprensa sobre a possibilidade de realizar ataques em terra.

Neste mês, Trump anunciou o fim das conversas diplomáticas com a Venezuela após Maduro se recusar a deixar voluntariamente seu cargo. O presidente venezuelano, por sua vez, diz se preparar para um cenário de conflito e acusa os EUA de "imperialismo".

Em um comunicado ao Congresso no final do mês passado, Trump disse que os cartéis que contrabandeiam drogas eram “grupos armados não estatais” cujas ações “constituem um ataque armado contra os Estados Unidos.”

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