Mundo

Trump diz que pagará US$ 2 mil a americanos por conta de tarifaço

Trump afirmou ainda que são “tolos” aqueles que são contrários às tarifas, e que o “país vive com quase nenhuma inflação e um recorde histórico nas Bolsas de Valores”

Trump: presidente dos EUA criticou construção de estrada em Belém

Trump: presidente dos EUA criticou construção de estrada em Belém

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 9 de novembro de 2025 às 16h36.

O presidente americano Donald Trump afirmou em sua rede social, a Truth Social, que vai pagar US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) a cada americano, exceto os de alta renda, em dividendos, por conta do tarifaço implantado sobre os produtos importados de outros países.

Trump afirmou ainda que são “tolos” aqueles que são contrários às tarifas, e que o “país vive com quase nenhuma inflação e um recorde histórico nas Bolsas de Valores”.

“Estamos arrecadando trilhões de dólares e em breve começaremos a pagar nossa enorme dívida, de US$ 37 trilhões. Há investimentos recordes nos EUA, com fábricas e plantas surgindo por toda parte. Um dividendo de pelo menos US$ 2 mil por pessoa (excluindo pessoas de alta renda!) será pago a todos”, publicou ele, afirmando que sem as tarifas isso não seria possível.

Apesar de afirmar que o país não passa por um momento inflacionário, o indicador está acima da meta estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que é de 2%.

Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, tem afirmado que o trabalho do Fed tem sido desafiador diante do patamar inflacionário e, ao mesmo tempo, do desaquecimento do mercado de trabalho.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse mais cedo que os recursos para distribuir os US$ 2 mil poderiam vir de cortes de impostos aprovados no principal projeto de política econômica no início deste ano.

Em entrevista à rede americana ABC, Bessent afirmou que disse que não havia conversado com o presidente sobre essa ideia, mas comentou que “o dividendo pode vir de várias formas, de várias maneiras”. "Pode simplesmente vir das reduções de impostos que estamos vendo na agenda do presidente. Sem imposto sobre gorjetas, sem imposto sobre horas extras, sem imposto sobre a Previdência Social e com dedutibilidade de empréstimos para automóveis", disse Bessent ao programa This Week.

Também em sua rede social, Trump criticou, em outra publicação, os democratas, que acusou de “decidirem fechar o governo para forçar os republicanos a manter os subsídios do Obamacare” – programa criado pelo então presidente democrata, Barack Obama, para tornar os planos de saúde mais acessíveis.

O chamado shutdown, desligamento das agências federais americanas diante do impasse no Congresso sobre o orçamento do próximo ano fiscal, chegou ao seu 40° dia, sendo o maior da história recente. Democratas e republicanos não chegaram a um consenso sobre a destinação de verbas para programas sociais do país, levando a interrupção de parte do governo.

Acompanhe tudo sobre:Donald Trump

Mais de Mundo

COP30: Trump chama estrada construída em Belém de 'grande escândalo'

Geopolítica da COP30: Brasil e Europa mais próximos — e EUA distante

Caos aéreo nos EUA: mais de 1.000 voos cancelados em segundo dia consecutivo

China retomará exportação de gálio, germânio e antimônio para os EUA