O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reúnem-se no Salão Oval da Casa Branca (SAUL LOEB / AFP/AFP)
Repórter de Negócios
Publicado em 4 de março de 2025 às 17h05.
Última atualização em 4 de março de 2025 às 17h31.
O governo dos Estados Unidos e a Ucrânia retomaram as negociações para a assinatura de um acordo de minerais estratégicos, após uma reunião tensa entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky no Salão Oval na última sexta-feira.
Segundo informações da agência internacional Reuters, Trump comunicou a seus assessores que pretende anunciar a formalização do acordo em seu discurso ao Congresso nesta terça-feira à noite. No entanto, três fontes alertaram que o documento ainda não foi assinado e que a situação pode mudar.
Zelensky viajou a Washington para concluir o acordo, mas a reunião com Trump foi marcada por tensão. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve uma discussão tensa com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Salão Oval da Casa Branca, nesta sexta-feira, 28. Trump acusou o presidente da Ucrânia de "brincar" com a vida de milhões de pessoas e com uma "Terceira Guerra Mundial".
Apesar do atrito, autoridades americanas mantiveram conversas com representantes do governo ucraniano nos últimos dias para tentar viabilizar a assinatura do pacto.
Segundo a Reuters, assessores de Trump pediram que a equipe de Zelensky convencesse o presidente ucraniano a se desculpar publicamente com Trump, como forma de destravar a negociação.
Nesta terça-feira, Zelensky fez uma publicação no X reconhecendo que a reunião em Washington não ocorreu da melhor forma, mas reafirmando o interesse da Ucrânia em assinar o acordo. “Nossa reunião na Casa Branca na sexta-feira não foi como deveria ser”, escreveu. “A Ucrânia está pronta para vir à mesa de negociações o mais rápido possível para trazer uma paz duradoura para mais perto.”
Ainda não está claro se a declaração de Zelensky será suficiente para restaurar a confiança de Trump e permitir que o acordo de minerais seja fechado antes do discurso ao Congresso. O episódio, no entanto, expõe as fragilidades na relação entre os dois países e o desafio da Ucrânia em manter o apoio americano no conflito com a Rússia.