Agência de notícias
Publicado em 9 de setembro de 2025 às 17h03.
Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 17h29.
O presidente americano, Donald Trump, "lamenta profundamente" que o ataque perpetrado por Israel, nesta terça-feira, 9, contra a cúpula do Hamas tenha ocorrido no Catar, "um aliado dos Estados Unidos", declarou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Assim que souberam, os Estados Unidos informaram ao Catar que as forças israelenses estavam atacando a residência onde altos dirigentes do Hamas estavam em Doha, revelou Leavitt.
"Bombardear unilateralmente o Catar, uma nação soberana e um aliado próximo dos Estados Unidos que trabalha arduamente, com coragem e assumindo riscos para negociar a paz, não promove os objetivos de Israel nem dos Estados Unidos", declarou a porta-voz à imprensa.
Ter atacado esse local "deixa uma impressão muito ruim" em Trump, precisou, acrescentando, no entanto, que "eliminar o Hamas" é "um objetivo louvável".
"O presidente Trump acredita que esse incidente infeliz poderia servir como uma oportunidade para a paz", acrescentou a porta-voz.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia assegurado em Jerusalém que a guerra em Gaza pode terminar "imediatamente" se o Hamas aceitar a proposta de trégua do presidente Trump.
Israel lançou um ataque aéreo com mísseis contra os líderes do Hamas, um dia depois de um atentado em Jerusalém reivindicado pelo movimento palestino que deixou seis mortos.
Questionada pelos repórteres se os Estados Unidos foram informados por Israel sobre o ataque, ou se suas forças militares souberam por meios próprios, Leavitt preferiu não responder.
Após o ataque, condenado com vigor pelo Catar e por outros países árabes, Trump conversou por telefone com o emir do país do Golfo, Tamim ben Hamad Al Thani, e com Netanyahu.
O presidente americano assegurou ao Catar "que algo assim não voltaria a ocorrer em seu território", acrescentou a porta-voz.
Os Estados Unidos dispõem em Doha de uma base militar. A embaixada americana pediu a seus cidadãos no país que "permaneçam em local seguro" após o ataque israelense.