Donald Trump: presidente dos Estados Unidos manda investigar legitimidade dos indultos concedidos por Biden (Giuseppe CACACE/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 3 de junho de 2025 às 14h56.
Última atualização em 3 de junho de 2025 às 15h37.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que se investigue a validade dos indultos preventivos que seu antecessor Joe Biden concedeu nos últimos dias de seu governo a membros de sua família e de sua equipe, junto com a comutação de 37 penas de morte.
Trump pediu a funcionários do Departamento de Justiça (DOJ) que investiguem se esses perdões foram assinados com o que o presidente chama de caneta automática (autopen), de acordo com um e-mail interno enviado na segunda-feira e acessado por vários veículos de comunicação, incluindo a rede “Fox News”.
A investigação se concentrará em saber se Biden “era competente e se outros estavam se aproveitando dele através do uso da autopen ou outros meios”. A mensagem não especifica em quais indultos a investigação se concentrará.
Antes de deixar o cargo em janeiro, Biden anunciou sua decisão de comutar as penas de prisão “desproporcionais” impostas a cerca de 2.500 presos que cumprem penas por “crimes não violentos relacionados a drogas”.
Além disso, comutou as penas de 37 dos 40 condenados à morte para prisão perpétua e concedeu indultos preventivos a seu filho Hunter Biden, processado por crimes relacionados a armas e delitos fiscais, e a vários funcionários de seu governo.
Trump acusou Biden de não saber exatamente os documentos que assinava e insinuou que foram seus assessores que usaram a caneta, razão pela qual considera os indultos “nulos, sem validade e sem efeito futuro”.
A investigação do DOJ coincide com a recente polêmica sobre a deterioração da saúde de Biden, de 82 anos, durante seu mandato na Casa Branca, reacendida pela publicação de um livro que conta o suposto encobrimento do estado de saúde do ex-presidente e seu recente diagnóstico de câncer de próstata com metástase nos ossos.