Agência de Notícias
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 20h49.
O presidente americano, Donald Trump, assegurou neste domingo que os Estados Unidos "vão limpar" suas cidades e negou que haverá uma "guerra" com Chicago, após ter ameaçado a cidade em uma publicação em suas redes sociais.
"Não vamos para a guerra. Vamos limpar nossas cidades", afirmou o republicano em declarações à imprensa antes de deixar a Casa Branca e seguir para Nova York, onde assistirá à final do Aberto de Tênis dos EUA.
Neste sábado, Trump publicou em sua rede social própria, a Truth Social, uma imagem que fazia referência ao filme “Apocalypse Now” na qual aparece retratado sobre um fundo com os arranha-céus de Chicago, vários helicópteros e labaredas de fogo.
"Eu adoro o cheiro de deportações pela manhã... Chicago vai descobrir por que é chamado de DEPARTAMENTO DE GUERRA", escreveu Trump na publicação, fazendo referência à recente mudança de nome do Departamento de Defesa.
Por sua vez, o czar da fronteira dos EUA, Tom Homan, assegurou hoje em uma entrevista no programa 'State of the Union', da emissora “CNN”, que a publicação de Trump foi "tirada de contexto".
Segundo Homan, o presidente se referia ao fato que seu governo "vai entrar em guerra com os cartéis criminosos, os imigrantes ilegais e as ameaças à segurança pública".
Além disso, antecipou que a mobilização da Guarda Nacional em Chicago poderia ocorrer ainda nesta semana, embora não tenha dado mais detalhes, já que se trata de "informação sensível para as forças de ordem".
No último dia 11 de agosto, Trump tomou o controle da segurança de Washington, por 30 dias inicialmente, amparando-se na lei que permite intervir na cidade justificando que existe uma "emergência" pela alta criminalidade, apesar de os números de homicídios da polícia local serem os mais baixos das últimas três décadas.
Na quinta-feira, a Guarda Nacional de Washington estendeu seu serviço para permanecer na capital americana de forma ativa até 30 de novembro, em meio a uma nova ação judicial da cidade contra a administração Trump pela mobilização militar que iniciou em agosto.
O presidente americano planeja estender a militarização a outras cidades governadas por democratas como Chicago, Nova Orleans e Baltimore, ignorando a rejeição de prefeitos e governadores locais