Agência de Notícias
Publicado em 22 de julho de 2025 às 17h09.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que chegou a um acordo com as Filipinas pelo qual as exportações desse país para os EUA pagarão uma tarifa de 19%, um ponto percentual a menos do que o valor que seria aplicado a partir de 1º de agosto.
A mensagem foi publicada na plataforma do presidente americano, Truth Social, logo após a visita do presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., à Casa Branca.
“Foi uma visita maravilhosa. Fechamos nosso acordo comercial, pelo qual as Filipinas abrirão seu mercado para os Estados Unidos e aplicarão zero tarifa. As Filipinas pagarão uma tarifa de 19%. Além disso, colaboraremos militarmente”, disse o líder republicano.
Trump destacou que seu homólogo filipino é “muito respeitado” em seu país, “como deveria ser”, e, assim como havia feito momentos antes na Casa Branca, o classificou como um negociador “duro e muito bom”.
Nessa reunião, no Salão Oval, o presidente americano havia antecipado que estavam “muito perto” de fechar “um grande acordo” tarifário.
No último dia 9 de julho, Trump ameaçou as Filipinas com impostos de 20% a partir de 1º de agosto, a menos que um acordo fosse alcançado antes dessa data, o que ocorreu nesta terça-feira.
De acordo com o escritório do representante comercial dos Estados Unidos nas Filipinas, o comércio de bens entre os EUA e o arquipélago asiático totalizou cerca de US$ 23,5 bilhões em 2024.
As exportações de produtos americanos para as Filipinas no ano anterior foram de US$ 9,3 bilhões, um aumento de 0,4% em relação a 2023, enquanto as importações de bens filipinos pelos Estados Unidos chegaram a US$ 14,2 bilhões, um aumento de 6,9%.
Washington aponta que o déficit comercial de bens dos Estados Unidos com as Filipinas foi de US$ 4,9 bilhões no ano passado, um aumento de 21,8% em relação ao ano anterior.
Marcos Jr foi a Washington com dois objetivos claros: reduzir as tarifas americanas sobre os produtos filipinos e conseguir recursos para reforçar suas forças armadas, envolvidas em disputas territoriais com Pequim no Mar da China Meridional.
“A modernização do Exército filipino responde às circunstâncias que envolvem a situação no Mar da China Meridional. O que antes chamávamos de Ásia-Pacífico agora se expandiu para o Indo-Pacífico”, disse o presidente filipino durante seu encontro com Trump.
Os Estados Unidos, observou Marcos Jr, estão ajudando as Filipinas em matéria de defesa a se defenderem por conta própria “independentemente das circunstâncias futuras”.
“A razão pela qual promovemos uma maior interação com os Estados Unidos é porque, insisto, é necessário, e não apenas com os Estados Unidos, mas com todos os nossos vizinhos e até mesmo com países tão distantes como os escandinavos ou a União Europeia”, acrescentou o presidente filipino.