Porto na China: guerra comercial com EUA afeta perspectivas para crescimento do país (China Stringer Network/Reuters)
Agência de notícias
Publicado em 4 de maio de 2025 às 16h17.
O presidente Donald Trump disse que está disposto a reduzir as tarifas sobre a China em algum momento, já que as taxas atuais são tão altas que as duas maiores economias do mundo praticamente pararam de fazer negócios entre si.
Trump impôs tarifas de até 145% sobre importações chinesas. A China retaliou com tarifas de 125% sobre produtos americanos. As medidas abalaram os mercados e ameaçam encarecer equipamentos industriais, além de produtos acessíveis dos quais muitos americanos dependem, como roupas e brinquedos.
“Em algum momento, vou reduzi-las, porque, do contrário, não se conseguiria mais fazer negócios com eles — e eles querem muito fazer negócios”, disse Trump em entrevista exibida neste domingo no programa Meet the Press, da NBC, com a apresentadora Kristen Welker.
Ele destacou as recentes dificuldades econômicas na China, onde a atividade industrial caiu para o pior nível de contração desde 2023, segundo o índice oficial dos gerentes de compras da indústria. Os novos pedidos de exportação recuaram ao menor nível desde dezembro de 2022, com a maior queda desde abril daquele ano, quando Xangai entrou em lockdown total por causa da pandemia.
Trump também elogiou algumas declarações recentes da China como “positivas”, reiterando que qualquer acordo entre os dois países precisa ser “justo”.
A China afirmou na sexta-feira que está avaliando a possibilidade de negociações comerciais com os EUA desde que as tarifas de Trump foram anunciadas no mês passado — o primeiro sinal de que conversas podem começar entre os dois lados.
“O governo chinês está avaliando isso neste momento”, dizia o comunicado do ministério. As ações nos EUA subiram na sexta-feira após esses sinais de Pequim.