Mundo

Tucano critica reportagem sobre patrimônio de deputados

O levantamento do jornal publicado ontem mostrou, com base em dados do TSE, que o patrimônio de 16 reeleitos, em alguns casos, dobrou entre 2006 e 2010

Barros Munhoz, presidente da Assembleia, considera “injusta” a cobrança feita pela imprensa aos políticos estaduais paulistas (Wikimedia Commons)

Barros Munhoz, presidente da Assembleia, considera “injusta” a cobrança feita pela imprensa aos políticos estaduais paulistas (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 11h13.

São Paulo - O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), saiu em defesa dos deputados estaduais e criticou ontem o “enfoque” da reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que revelou a multiplicação em pelo menos duas vezes do patrimônio de 16 parlamentares.

“Tudo bem, isso (o patrimônio) deve ser divulgado, é público e deve ser público. Falo do enfoque. Há, indiscutivelmente, uma intenção de denegrir (os parlamentares)”, afirmou Barros Munhoz, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o presidente da Assembleia, que considera “injusta” a cobrança feita pela imprensa aos deputados estaduais paulistas, a “forma de divulgação do patrimônio” dos parlamentares “exagera aspectos que não condizem com a realidade”. “Isso só maximiza as coisas para causar um impacto negativo”, disse o tucano.

O levantamento do jornal publicado ontem mostrou, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o patrimônio de 16 deputados reeleitos, em alguns casos, dobrou entre 2006 e 2010. Somados, os bens desses parlamentares subiu de R$ 3,1 milhões para R$ 8,7 milhões, variação de 279%.

Munhoz afirmou ainda que a imprensa “ignora” o papel de representação política do deputado estadual. “Quando a gente vai sexta-feira para as bases, é como se fosse um crime, como se fôssemos passear. A gente vai para trabalhar”, argumentou.

Perguntado se a imagem arranhada do político, hoje, não é consequência de sucessivos escândalos, ressaltou o baixo índice de renovação da Assembleia, que foi de 22%. “Enquanto isso, só 51% dos parlamentares federais se reelegeram.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:SaláriosPolíticaAmérica LatinaDados de Brasil

Mais de Mundo

Guerrilheiro mais procurado da Colômbia afirma que não vai se render

Coreia do Norte testa mísseis antiaéreos em meio a exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul

Texas adota mapa eleitoral para preservar maioria legislativa de Trump, de olho nas eleições de 2026

Índia anuncia suspensão parcial de remessas postais aos EUA após mudança em tarifas