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Turquia e EUA tentarão tirar militantes da fronteira síria

A luta contra os jihadistas radicais ganhou intensidade depois que ataques reivindicados pelo grupo mataram 129 pessoas em Paris


	Ministro das Relações Exteriores turco, Feridun Sinirlioglu: aviões de guerra franceses e russos intensificaram os bombardeios na Síria
 (Umit Bektas/REUTERS)

Ministro das Relações Exteriores turco, Feridun Sinirlioglu: aviões de guerra franceses e russos intensificaram os bombardeios na Síria (Umit Bektas/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 09h40.

Istambul - Turquia e os Estados Unidos vão intensificar as operações destinadas a expulsar os militantes do Estado Islâmico de uma faixa da fronteira da Síria com a Turquia nos próximos dias, disse nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores turco, Feridun Sinirlioglu, segundo a imprensa local.

A luta contra os jihadistas radicais ganhou intensidade depois que ataques reivindicados pelo grupo mataram 129 pessoas em Paris na semana passada e uma bomba derrubou um avião russo sobre a Península do Sinai, no Egito, em outubro, matando 224 pessoas.

Aviões de guerra franceses e russos intensificaram os bombardeios na Síria.

"Não vamos permitir que o Daesh continue mantendo presença na nossa fronteira", disse Sinirlioglu, de acordo com a agência estatal de notícias Anadolu, usando o acrônimo em árabe para Estado Islâmico.

"Estamos há tempos prosseguindo com as operações aéreas na região com os Estados Unidos... Temos certos planos para encerrar a presença do Daesh em nossa fronteira. Tão logo os planos sejam finalizados, nossas operações serão intensificadas. Vocês vão ver isso nos próximos dias", disse o chanceler.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou na terça-feira que seu país vai iniciar uma operação com a Turquia para proteger a fronteira norte da Síria.

"Em toda a fronteira do norte da Síria, 75 por cento foi isolado, e estamos entrando em uma operação com os turcos para desconectar os 98 quilômetros restantes", disse ele em entrevista à CNN.

Nem Kerry nem Sinirlioglu deram mais detalhes. Tanto os Estados Unidos como a Turquia, que tem o segundo maior exército da aliança militar da Otan, vêm descartando o envio de qualquer número significativo de tropas terrestres para o norte da Síria.

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